IPCA – Dezembro de 2014

IPCA – Dezembro de 2014

IPCA – Dezembro de 2014

A inflação medida pelo IPCA foi de 0,78% M/M em dezembro, fazendo o IPCA terminar o ano de 2014 em 6,41% A/A. A inflação ficou ligeiramente abaixo da projeção da SulAmérica Investimentos (0,80%), mas veio igual à mediana das projeções do mercado (0,78%).

A inflação mensal subiu em relação à vista no mês de novembro (0,51%), com aumentos em especial nos grupos Alimentação e bebidas, Vestuário e Transportes. Mas a inflação em dez/14 foi menor que a vista em dez/13 (0,92%), o que levou o IPCA em 12 meses a diminuir, de 6,56% para 6,41%, fazendo o IPCA ficar próximo do teto da meta, mas ainda abaixo dele.

Dentre as categorias de uso, a inflação de administrados arrefeceu em dezembro, com variação mensal de 0,43% (contra 0,72% em novembro), com menor variação de gasolina e energia elétrica. Com isso, os preços administrados tiveram variação de 5,3% em 2014.

A inflação de preços livres ficou mais alta entre nov/14 (0,45%) e dez/14 (0,88%), porém a alta de dez/14 ainda assim foi inferior à vista em dez/13 (0,92%). Assim, a inflação de preços livres foi de 6,74% em dez/14, com queda em relação aos meses anteriores e ao final do ano passado (7,3%).

Deve-se destacar, no entanto, que a inflação de preços livres ainda está acima do teto da meta, e que há pressões sobre ela vindas da desvalorização cambial dos últimos meses.

A expectativa da SulAmérica Investimentos é de que a inflação em 2015 seja elevada, puxada pelos preços administrados (com reajustes elevados de ônibus urbano e energia elétrica). A inflação de preços livres pode se reduzir ligeiramente em 2015, devido à piora da atividade e ao aperto fiscal e monetário, porém o aumento dos preços administrados ainda deve fazer com que haja grandes chances de a inflação de 2015 ser superior à de 2014, inclusive podendo ficar acima do teto da meta. A projeção da SulAmérica Investimentos é de que a inflação de janeiro fique em 1,0% M/M ou acima disso e que a inflação em 12 meses ultrapasse o teto da meta ao longo do ano, podendo terminar 2015 entre 6,5% e 7,0%, a depender de quão agressivo o governo for nos reajustes de preços administrados.

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