IPCA – Fevereiro/18

IPCA – Fevereiro/18

IPCA – Fevereiro 2018

A inflação medida pelo IPCA em fevereiro ficou em 0,32% M/M, igual à projetada pela SulAmérica Investimentos (0,32%) e um pouco acima da mediana de projeções do mercado (0,31%). A variação em 12 meses da inflação ficou basicamente estável, em 2,84% A/A, contra 2,86% A/A em janeiro.

Em relação ao mês anterior, em que houve alta de 0,29% M/M, o aumento da inflação em fevereiro decorreu basicamente por causa de dois grupos: Educação (que passou de 0,22% para 3,89%) e Habitação (de -0,85% para +0,22%). Em Habitação a variação do mês passado havia sido bastante negativa por causa da mudança de bandeira tarifária vermelha para verde. Em fevereiro a bandeira foi mantida no patamar verde, o que não afetou os preços no mês. Em Educação, a alta se deveu aos reajustes de mensalidades escolares, que ocorrem todo ano nesse mês no cálculo do IPCA. Mesmo assim, esse é a menor variação do grupo Educação para um mês de fevereiro desde 2008. A alta nos grupos mencionados foi compensada pela forte queda no grupo Alimentação e bebidas (passou de +0,74% para -0,33%).

A inflação ainda permanece em patamar baixo, inclusive abaixo do piso da meta (3,00%) em 12 meses. Os preços mais sensíveis à política monetária (bens industriais e serviços) também permanecem baixos, com variação de 2,9% A/A, contra 3,0% A/A no mês anterior. A inflação de serviços segue sua trajetória de queda, devido ao menor reajuste do salário mínimo, alto desemprego e inércia favorável, agora estando em 4,3% A/A no cálculo que exclui passagem aérea e alimentação fora do domicílio. Enquanto isso a inflação de bens industriais segue estável em patamar bem baixo (0,9% A/A), ajudada pela taxa de câmbio estável e grande hiato do produto.

A expectativa da SulAmérica Investimentos para o IPCA de março é que ele fique ainda mais baixo, para 0,21% M/M, devido ao fim da contabilização de reajustes escolares. Com isso o IPCA deve seguir perto do patamar de 2,8% A/A, devendo acelerar sua alta apenas na segunda metade do ano para os 3,7% A/A esperados para 2018.

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