IPCA – Julho/16

IPCA – Julho/16

IPCA – Julho/2016

A inflação medida pelo IPCA em julho ficou em 0,52% M/M, acima da mediana das projeções do mercado (0,45%), porém mais próximo da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,51%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior a inflação seguiu em queda, tendo passado de 8,84% A/A em junho para 8,74% A/A em julho. A inflação acumulada nos primeiros sete meses do ano é de 4,96%, contra 6,83% do mesmo período do ano anterior.

Em relação ao mês anterior, em que a inflação ficou em 0,35% M/M, a alta para 0,52% M/M decorreu do aumento de preços de Alimentação (passou de 0,71% para 1,32%) e Transportes (de -0,53% para +0,40%), que mais que compensaram as quedas nos grupos Habitação (de 0,63% para -0,29%, devido à queda de preço de energia elétrica em Curitiba e São Paulo) e Vestuário (de 0,32% para -0,38%, devido a fatores sazonais).

Em relação às expectativas do mercado, os grandes desvios ocorreram em Artigos de residência e Despesas pessoais, que vieram mais alto que o projetado pela mediana do mercado, mas em linha com as expectativas da SulAmérica Investimentos (0,53% M/M e 0,70% M/M, respectivamente).

A alta nos preços de alimentos, que pressionou o IPCA geral, ocorreu em especial nos itens tradeables (de 1,06% M/M para 2,30% M/M), devido ao aumento de preços de commodities. Os itens nontradeables seguiram com variações negativas, mas menos intensas, tendo passado de -0,87% M/M em junho para -0,31% M/M em julho.

As outras categorias de uso que compõem o IPCA não subiram tanto em julho quanto os alimentos. O IPCA serviços ficou mais alto (passou de 0,33% para 0,62%), mas, em grande parte, devido ao aumento de preços de passagem aérea no mês (19%). Os serviços excluindo passagem aérea e alimentação fora do domicílio ficaram em 0,26% M/M e 5,92% A/A em julho. Os preços administrados tiveram queda de -0,10% M/M na variação mensal e seguiram caindo na variação em 12 meses, chegando agora a 8,51% A/A. A variação dos preços de bens industriais diminuiu um pouco na comparação M/M (de 0,47% para 0,31%), mas permaneceu estável na comparação A/A (subiu de 7,25% para 7,32%).

A expectativa da SulAmérica Investimentos para a inflação em 2016 segue em 7,3%, com os números dos próximos meses devendo ser menores que de julho, ajudados pela apreciação cambial recente e pelos preços das commodities agrícolas, que não está subindo na mesma intensidade que nos últimos meses.

Topo