IPCA – Junho/16

IPCA – Junho/16

IPCA – Junho 2016

A inflação medida pelo IPCA em junho ficou em 0,35% M/M, igual à projeção da SulAmérica Investimentos (0,35%) e um pouco abaixo da mediana das expectativas coletada pela Bloomberg (0,37%). A inflação medida em 12 meses seguiu caindo, tendo passado de 9,32% A/A em maio para 8,84% A/A em junho.

A inflação reduziu-se em relação à inflação do mês anterior (0,78% M/M em maio), devido às menores variações dos grupos Habitação, Saúde, Despesas pessoais e Vestuário. No grupo Habitação houve menor contribuição do aumento de preço de água e esgoto (com o reajuste da Sabesp concentrado em maio) e de energia elétrica. No grupo Saúde os reajustes de preços de remédios deixaram de ter tanto efeito, uma vez que a maior parte da alta aconteceu em abril e maio. Em Despesas Pessoais, a menor variação decorreu da concentração do aumento de preço de cigarros em maio, causado pelo aumento de impostos.

Cabe destacar que a variação da inflação de alimentos seguiu pressionada (passou de 0,78% M/M para 0,71% M/M de maio para junho), com aumento nos preços de alimentos tradeables (devido ao aumento de preços de commodities como soja e milho no mercado internacional) e pequena queda nos nontradeables (-0,87% M/M, queda que deve ser revertida em julho, devido a problemas de oferta). A inflação de alimentos em julho deve subir ainda mais, reagindo ao aumento de preços já visto no atacado.

Houve diminuição na margem da inflação das outras categorias de uso, com destaque para serviços (que chegou agora a 7,53% A/A) e preços administrados (que se estabilizou em torno de 10,88% A/A e deve voltar a cair nos próximos meses).

A inflação nos próximos meses deve seguir em torno desse patamar, com a inflação de julho tendo pressão dos preços de alimentos e, por outro lado, queda nos preços administrados de energia elétrica em importantes cidades. Para o ano de 2016 a expectativa da SulAmérica Investimentos é de 7,2%.

Topo