IPCA – Maio/17

IPCA – Maio/17

IPCA – Maio 2017

A inflação medida pelo IPCA em maio ficou em 0,31% M/M, bem abaixo da projeção da SulAmérica Investimentos (0,50%) e da mediana das expectativas do mercado (0,47%). A variação acumulada em 12 meses diminuiu de 4,08% A/A em abril para 3,60% A/A em maio. A inflação acumulada nos cinco primeiros meses do ano está em 1,42%, contra 3,25% no mesmo período do ano passado.

As surpresas em relação à expectativa ocorrem em duas categorias de uso: alimentos e serviços. A inflação de alimentos contribuiu com -0,14 pp dos -0,19 pp de surpresa, com variação abaixo da esperada na alimentação fora do domicílio (0,06% contra 0,49%, -0,04 pp de contribuição para a surpresa), alimentos nontradeables (-2,58% contra -1,46%, -0,04 pp de contribuição para a surpresa) e alimentos tradeables (-0,08% contra 0,37%, -0,06 pp de contribuição para a surpresa). A inflação de serviços contribuiu com os -0,05 pp restantes da surpresa, com varição de 0,10% contra 0,30% esperada.

Em maio houve alta de 2,14% M/M no grupo Habitação, causado pelo aumento de preço de energia elétrica, que voltou a subir após a queda pontual que ocorreu em abril devido à cobrança indevida de valores de Angra 3. Houve variação maior que no mês anterior também em quatro outros grupos, com destaque para Vestuário, com efeito da sazonalidade. Houve queda importante nos preços de etanol e passagem aérea no grupo Transportes.

A inflação deve recuar ainda mais em junho, quando deve ter variação negativa (de -0,05% M/M na projeção da SulAmérica Investimentos). A queda da inflação em junho deve decorrer do reajuste para baixo nos preços dos combustíveis (diesel, gasolina) feito pela Petrobras e da energia elétrica, devido à adoção de bandeira verde. O IPCA acumulado em 12 meses deve seguir recuando ao longo do ano, devendo chegar no seu menor ponto em agosto, quando deve ficar em torno de 2,8% A/A. O IPCA no ano deve terminar em torno de 3,60%.

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