IPCA (Março/16)

IPCA (Março/16)

IPCA – Março 2016

A inflação medida pelo IPCA em março ficou em 0,43% M/M, um pouco abaixo da projeção da SulAmérica Investimentos (0,46%) e da mediana das projeções do mercado (também 0,46%). A inflação acumulada em 12 meses recuou, uma vez que o IPCA de mar/16 ficou bem abaixo do IPCA de mar/15 (1,32%), tendo passado de 10,36% A/A para 9,39% A/A.

A divergência em relação às expectativas foi pequena, ficando mais concentrada no grupo Comunicação (que teve queda forte, de -1,6% M/M, com recuo nos preços de telefonia fixa e móvel). A inflação ficou mais alta em relação ao mês anterior em dois grupos (Alimentação e bebidas e Vestuário), mas a queda dos outros grupos mais que compensou isso, em especial o recuo mais forte de Habitação (-0,64% M/M contra -0,15% M/M no mês anterior), devido à adoção da bandeira tarifária amarela na energia elétrica.

Essa queda nos preços de energia elétrica foi responsável pela variação negativa nos preços administrados em março (-0,36% M/M). A inflação de administrados segue recuando de maneira bem intensa, tendo passado de 18,0% A/A no final do ano passado para 10,8% A/A em março, e deve prosseguir ao longo do restante do ano.

A inflação de preços livres também recuou. Após ter ficado 4 meses próxima ou acima de 1,0% M/M, a variação dos preços livres recuou para 0,68% M/M em março. A inflação em 12 meses ficou praticamente estável, em 9,0% A/A, mas deve começar a cair a partir do próximo mês. Os preços tradeables devem aumentar menos à medida que o repasse cambial ficar menor (com a valorização do real nas últimas semanas), enquanto os preços nontradeables devem cair mais com os efeitos do hiato do produto bem negativo sendo percebidos. A inflação de serviços já recuou de 8,1% A/A no final do ano passado para 7,5% A/A em março, sendo que no cálculo sem alimentação fora do domicílio e passagem aérea essa queda foi maior (de 7,4% A/A para 6,7% A/A).

A expectativa da SulAmérica Investimentos para o mês de abril é que o IPCA fique em 0,62% M/M, com aumento devido aos preços administrados (como reajuste de remédios). O IPCA em 12 meses deve seguir recuando, devendo terminar o ano em 7,0%.

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