IPCA – Novembro/18

IPCA – Novembro/18

IPCA- Novembro 2018

A inflação medida pelo IPCA em novembro ficou em -0,21% M/M, abaixo da expectativa da SulAmérica Investimentos (-0,06%), da mediana das projeções do mercado (-0,09%) e mesmo da mais baixa projeções coletada (-0,17%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior a inflação ficou em 4,05% A/A e a inflação acumulada no ano até agora é de 3,59%. O IPCA de nov/18 teve a menor variação mensal desde jun/17 (-0,23%) e também é a menor variação para o mês de novembro desde o início do Plano Real.

Os principais fatores para a deflação no IPCA de novembro foram gasolina, energia elétrica e produtos de higiene pessoal.

O preço da gasolina, após subir 3,94% M/M em setembro e 2,18% M/M em outubro, recuou -3,07% M/M em novembro, com contribuição de -0,15 pp para o IPCA total. O recuo em novembro decorreu da queda no preço da refinaria, repassada parcialmente para os consumidores.

O preço de energia elétrica caiu -4,0% M/M, com efeito de -0,16 pp no IPCA total. A mudança da bandeira tarifária de vermelha 2 para amarela foi responsável pela queda nesse custo.

Os produtos de higiene pessoal tiveram recuo de -4,65% M/M nos seus preços em novembro, com destaques para -10,29% M/M para produtos para pele e -8,02% M/M para perfumes. A contribuição dessas quedas para o IPCA total foram de -0,04 pp e -0,08 pp, respectivamente.

A queda nos preços de gasolina e energia elétrica fizeram a categoria de uso Administrados recuar -1,0% M/M em novembro, com a variação A/A passando ee 9,9% para 7,4% A/A. Os preços livres, por sua vez, aumentaram sua variação A/A de 2,8% A/A para 2,9% A/A (maior nível desde jun/17), mas com a inflação na margem de apenas 0,07% M/M em novembro. Houve aumento na margem da inflação de serviços (de 3,0% A/A para 3,3% A/A) e da inflação de alimentos (de 3,3% A/A para 4,4% A/A), porém em compensação a inflação dos preços de bens industriais recuou de 2,0% A/A para 1,3% A/A.

A expectativa da SulAmérica Investimentos é de que haja uma nova deflação no IPCA de dezembro, mas mais modesta (de -0,02% M/M). Os preços administrados seguirão recuando, com mais queda em energia elétrica (devido à adoção de bandeira tarifária verde) e na gasolina (que não reflete ainda toda a diminuição de custos ao produtor), fazendo o IPCA geral ainda permanecer baixo. Ele ficará menos negativo do que em novembro devido a um aumento nos preços livres, em especial serviços (bens industriais deve seguir com deflação na margem, devido à valorização do real nos últimos meses, que se reflete nesses preços com defasagem). Assim, o IPCA deve terminar o ano de 2018 com variação de 3,6% A/A e 2019 em 4,0%

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