IPCA – Novembro 2014

IPCA – Novembro 2014

Economic Highlight – IPCA (nov/14)

A inflação medida pelo IPCA ficou em 0,51% M/M em novembro, igual à projetada pela SulAmérica Investimentos (0,51%) e abaixo da mediana das projeções do mercado (0,54%). No acumulado em 12 meses, a inflação segue acima do teto da meta (de 6,5%), estando em 6,56% em novembro e 5,58% no acumulado do ano até agora. O IPCA de dezembro tem que vir abaixo de 0,88% M/M para que a meta de inflação não seja descumprida.

A inflação de 0,51% M/M em novembro é maior que os 0,42% M/M vistos em outubro, com a aceleração tendo ocorrido em 7 dos 9 grupos que compõem o IPCA. Apenas Artigos de residência e Vestuário mostraram variação menor em novembro, com a aceleração tendo sido especialmente mais forte em Alimentação e bebidas.

A inflação de preços e bens administrados seguiu subindo, tendo alcançado 5,81% A/A em novembro, contra 5,56% A/A no mês anterior. A alta de 0,72% M/M no mês de novembro nesses preços decorreu em especial do reajuste de energia elétrica e gasolina. A inflação de preços administrados deve subir ainda mais no mês de dezembro e deve alcançar quase 7,0% no ano que vem.

A inflação de preços livres diminuiu na variação em 12 meses, de 6,90% A/A em outubro para 6,78% A/A em novembro. A queda se concentrou novamente nos preços comercializáveis, que passaram de 6,28% A/A para 6,04% A/A, enquanto os preços não comercializáveis permaneceram estáveis em 7,44% A/A.

A variação menor dos preços comercializáveis está ocorrendo em especial nos bens industriais, cujas variações passaram de 0,52% M/M e 5,48% A/A em outubro para 0,32% M/M e 5,07% A/A em novembro. Contribui para isso a variação menor de Vestuário mencionada anteriormente.

A inflação baixa dos preços comercializáveis vista nos últimos meses pode não durar muito. A desvalorização cambial ocorrida nos últimos meses deve ter efeito sobre esses preços, mesmo com a queda dos preços das commodities internacionais. Os preços no atacado já mostram variações mais elevadas, e os preços de alimentos já mostram os primeiros sinais, uma vez que a desaceleração nos alimentos comercializáveis ocorrida entre setembro e outubro já foi revertida em parte em novembro. Os preços de bens industriais reagem com maior defasagem a uma depreciação cambial que os preços de alimentos, porém eles também serão afetados.

Dessa forma, a expectativa da SulAmérica Investimentos é de que a inflação comece a mostrar variações mais elevadas a partir de dezembro. A projeção para o IPCA em dezembro é de 0,80% M/M, fazendo com que a inflação do ano fique próxima, mas abaixo, do teto da meta.

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