IPCA – Outubro 2014

IPCA – Outubro 2014

IPCA – Outubro 2014

A inflação medida pelo IPCA de outubro foi de 0,42% M/M, vindo abaixo da projeção da SulAmérica Investimentos (0,46%) e da mediana das projeções do mercado (0,48%). A variação A/A foi de 6,59%, menor que a do mês anterior (6,75%), mas ainda acima do teto da meta (6,50%).

A inflação de outubro foi menor que a de setembro (0,57%), com variação menor em 7 dos 9 grupos. Dos 0,15 pp de queda da inflação mensal, mais da metade (0,08) veio do grupo Alimentação e bebidas, que foi responsável também pela maior parte da surpresa em relação às estimativas. A inflação de Alimentação e bebidas foi de 0,46% M/M.

Em média, os núcleos de inflação ficaram mais baixos em outubro (0,45%) do que em setembro (0,56%), porém a sua variação A/A segue acima de 6,5% (6,60%). O índice de difusão subiu em relação ao mês anterior (64,6% contra 61,3%), mas está abaixo do visto no mesmo mês do ano anterior (67,3%).

Nas categorias de uso, houve aumento de inflação de administrados (de 5,3% A/A para 5,6% A/A) e queda de inflação de livres (de 7,2% A/A para 6,9% A/A). É importante mencionar que a inflação de administrados deve seguir subindo até o final do ano (com o aumento da gasolina de 3% anunciado recentemente), chegando a 5,8%, e que a inflação de preços livres ainda segue em patamar elevado, muito próxima de 7,0%.

A pequena queda na inflação de preços livres foi mais concentrada nos preços de Alimentação e bebidas, afetados bastante pela queda de preços das commodities internacionais, mas também ocorreu, em menor escala, em Bens industriais e Serviços (esses últimos em escala bem menor, estando ainda próximo do patamar do início do ano).

A inflação deve fechar o ano de 2014 ligeiramente abaixo do teto da meta (6,50%), com a projeção da SulAmérica Investimentos sendo de 6,43%. A inflação mensal deve acelerar nos próximos dois meses, para um patamar próximo de 0,65% M/M, devido ao reajuste de preço da gasolina e pressões vindas da depreciação cambial.

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