IPCA – Setembro 2017

IPCA – Setembro 2017

IPCA – Setembro 2017

A inflação medida pelo IPCA em setembro ficou em 0,16%, acima da mediana das projeções do mercado (0,09%) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (também 0,09%). A inflação acumulada em 12 meses subiu de 2,46% A/A em agosto para 2,54% A/A em setembro. A inflação acumulada nos primeiros 9 meses de 2017 é 1,78%, a menor desde 1998 (quando foi 1,42%).

Em relação ao mês anterior, a inflação mensal ficou mais baixa (0,16% contra 0,19%) basicamente devido aos grupos Transportes e Habitação, com menor variação nos preços dos combustíveis (já tendo sido computados os aumentos dos impostos em agosto, ficando apenas os efeitos dos aumentos dos preços internacionais devido a fatores climáticos) e queda no preço de energia elétrica (devido à adoção de bandeira tarifária amarela). Em compensação, os preços de alimentos ficaram menos negativos, passando de -1,07% para -0,41%.

Em relação ao que era esperado, a surpresa para cima se deu em especial nos preços de botijão de gás, que subiram 4,81% M/M no mês, com os varejistas finalmente repassando aos consumidores parte do aumento de preços feito pela Petrobras aos produtores.

A inflação em 12 meses de serviços e bens industriais parou de cair em setembro, com a primeira passando de 4,87% A/A para 4,94% A/A entre agosto e setembro e a segunda de 1,00% A/A para 1,14% A/A. A inflação de alimentos, por outro lado, seguiu diminuindo, com alimentação no domicílio caindo de -5,20% A/A para -5,33% A/A e alimentação fora do domicílio de 4,29% A/A para 4,13% A/A. A inflação em 12 meses deve voltar a subir no caso dos alimentos e bens industriais daqui para frente, com os índices de preços ao produtor já mostrando altas nos preços agrícolas e industriais.

A expectativa da SulAmérica Investimentos para o IPCA em outubro é de variação de 0,37% M/M. O aumento na bandeira tarifária de eletricidade, novos reajustes no preço do botijão de gás e inflação mais alta de alimentos devem contribuir para essa variação maior. O IPCA deve terminar o ano de 2017 em torno de 3,0% A/A, devendo acelerar para 4,2% A/A em 2018.

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