PIB 1º Trimestre 2018

PIB 1º Trimestre 2018

PIB – 1º Trimestre 2018

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 0,4% T/T no 1º trimestre de 2018, acima da projeção da SulAmérica Investimentos (0,1%) e da mediana de projeções do mercado (0,3%). O crescimento em 4 trimestres passou de 1,0% em 2017 para 1,3% no 1º trimestre de 2018.

A taxa de variação da Indústria e dos Serviços ficou em 0,1% T/T, com a Agropecuária sendo a grande responsável pelo maior crescimento (1,4% T/T). Para a indústria, a variação de 0,1% T/T é uma desaceleração considerável em relação ao 4º trimestre (quando houve crescimento de 0,7% T/T), enquanto para os serviços significa a manutenção de uma taxa de crescimento anêmica (a variação do 4º trimestre também foi 0,1% T/T).

Em relação ao 4º trimestre de 2017 houve uma ligeira aceleração na taxa de crescimento do PIB total, de 0,22% T/T (revisado de 0,1% T/T originalmente) para 0,45% T/T. Parte dessa aceleração (cerca de 0,17 pp dos 0,23 pp) ocorreu devido à uma maior variação de estoques, porém houve maior crescimento também no Consumo das Famílias e nas Exportações Líquidas (contribuindo com 0,21 pp e 0,18 pp a mais de expansão, respectivamente). Por outro lado, houve desaceleração nos Investimentos e queda no Consumo do Governo.

É importante destacar essa desaceleração do Investimento. Enquanto as taxas de crescimento do 3º e do 4º trimestre de 2017 foram de 2,0% T/T e 2,1% T/T, a taxa de expansão do 1º trimestre de 2018 foi de apenas 0,6% T/T. Considerando que o investimento caiu cerca de 35% do seu pico durante a recessão e voltou apenas 5% até agora, a desaceleração da taxa de crescimento dele não é um bom vaticínio para a recuperação da economia como um todo (normalmente recuperações de crises como a que o Brasil sofreu se dão mais através dos investimentos do que do consumo das famílias). Essa recuperação mais lenta do investimento ocorre mesmo com a taxa de juros tendo caído substancialmente. Provavelmente fatores como a grande incerteza política e fiscal, além da alta alavancagem das empresas, faz com que os empresários permaneçam receosos de investir mais.

A taxa de crescimento trimestral deve permanecer em torno do patamar de 0,5% T/T no 2º trimestre do ano. A expectativa antes dos eventos de maio, como a paralisação dos caminhoneiros, era de crescimento maior, mas consequências de curto e médio prazo desse evento devem contribuir para evitar essa aceleração. A expectativa da SulAmérica Investimentos para o PIB de 2018 manteve-se em 2,0%, com a surpresa positiva do 1º trimestre compensando a redução de expectativas para os próximos trimestres.

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