PIB 2º Trimestre 2016

PIB 2º Trimestre 2016

PIB – 2º Trimestre 2016

O PIB (produto interno bruto) brasileiro teve queda de -0,6% T/T no dado ajustado sazonalmente no 2º trimestre de 2016. Esse dado foi um pouco pior do que o projetado pela SulAmérica Investimentos (-0,5%) pela mediana de expectativas do mercado (também -0,5%). A variação do trimestre anterior foi revista para pior também, passando de -0,3% para -0,4% T/T.

Esse foi o 6º trimestre consecutivo de contração no PIB brasileiro, com a queda acumulada desde o 3º trimestre de 2014 chegando a -6,9%. A variação A/A do PIB ficou menos negativa, tendo passado de -5,4% A/A no 1º trimestre de 2016 para -3,8% A/A no 2º trimestre, devido à menor base de comparação. A variação em 4 trimestres passou de -3,85% no final de 2015 para -4,9% no 2º trimestre.

Diferente do que ocorreu nos últimos trimestres, o PIB do 2º trimestre de 2016 mostrou alta nos investimentos (a primeira desde o 3º trimestre de 2013), com crescimento de 0,4% T/T, e alta nas importações (4,5% T/T, a primeira desde o começo de 2015). A alta nesses dois componentes da demanda está relacionada ao aumento da confiança dos investidores nos últimos meses e à queda do risco país. Entretanto, isso não significa que um processo de crescimento forte do investimento esteja se aproximando. O movimento visto nesses dados e em outros (como produção industrial de bens de capital) indica que os empresários aumentaram seus investimentos o suficiente para evitar que o seu estoque de capital caia, como estava caindo no passado, devido ao aumento da confiança no futuro. Mas a confiança não é suficientemente alta para que os empresários invistam o suficiente para aumentar a capacidade produtiva ainda, até porque o nível de utilização da capacidade instalada está muito baixo (menos de 73% na última pesquisa da FGV).

O PIB do 2º trimestre mostrou contração no consumo das famílias e do governo, que compõem a maior parte da demanda interna. A queda do consumo das famílias ficou um pouco menor do que nos trimestres anteriores (-0,7% T/T, contra -1,3% T/T no trimestre anterior e mais de -1,8% T/T em média em 2015). Já o consumo do governo segue mostrando comportamento errático, mas, de forma geral, está se reduzindo desde 2015, mas de forma menos intensa que o investimento ou que o consumo das famílias.

A expectativa da SulAmérica Investimentos é de que as próximas variações do PIB em 2016 sejam próximas de zero, com o “fundo do poço” da recessão tendo passado. Essa expectativa depende da continuidade dos ajustes fiscais sendo aprovados e implementados pelo governo. A projeção da SulAmérica Investimentos é de queda de -3,0% do PIB em 2016.

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