PIB – 3º Trimestre 2018

PIB – 3º Trimestre 2018

PIB – 3º Trimestre 2018

O produto interno bruto (PIB) do Brasil no 3º trimestre teve crescimento de 0,75% T/T, igual à mediana de projeções do mercado (0,8%) e um pouco acima da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,65%). Houve revisão para cima nos dados de alguns anos anteriores (2016 passou de -3,4% para -3,3%), porém, de forma geral, os resultados dos trimestres imediatamente anteriores não foram muito alterados. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior o crescimento do PIB passou de 0,9% A/A para 1,3% A/A enquanto que em 4 trimestres a expansão ficou praticamente estável em 1,4%.

Do lado da oferta, o grande destaque no 3º trimestre foi a agropecuária, com crescimento de 0,74% T/T. A indústria e os serviços tiveram expansões mais modestas (0,38% T/T e 0,51% T/T, respectivamente) , mas cabe destacar que a indústria voltou a mostrar variação positiva após dois trimestres seguidos de contração (-0,31% e -0,34% no 1º e 2º trimestres).

Do lado da demanda, deve-se ressaltar a alta nos investimentos, de 6,6% T/T, mais do que se recuperando da queda de -1,3% T/T vista no 2º trimestre. O consumo das famílias também cresceu mais no 3º trimestre (0,60% T/T), após ter ficado quase estagnado no 2º trimestre (0,07%). Essa recuperação do consumo e dos investimentos foi em parte causada pelo fim da greve dos caminhoneiros, que distorceu os dados do 2º trimestre, mas também há efeitos defasados dos estímulos monetários sendo sentidos na economia, como a recuperação do crédito privado.

Os gastos do governo tiveram crescimento de 0,3% T/T após terem caído -0,4% T/T no trimestre anterior. Sua variação em 4 trimestres, no entanto, segue próximo de zero (+0,2%), como é esperado devido ao teto de gastos em termos reais.

Os próximos trimestres devem seguir mostrando expansão forte do PIB, como nesse 3º trimestre, ao contrário do que ocorreu nos 3 trimestres anteriores, em que o PIB ficou praticamente estagnado (média de crescimento de 0,16% T/T). Os estímulos monetários (redução da Selic) estão se fazendo sentir, algo que não estava ocorrendo antes devido às defasagens com que esse instrumento age na economia e devido às incertezas que marcavam o processo eleitoral desse ano. Os índices de confiança de consumidores e investidores tiveram um crescimento muito forte em novembro, com o fim da eleição, e isso deve ajudar o consumo das famílias e o investimento a subir daqui para frente. A expectativa da SulAmérica Investimentos para o PIB de 2018 permanece em 1,3% e para 2019 em 2,7%.

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