Produção Industrial – Abril/15

Produção Industrial – Abril/15

Produção Industrial – Abril/15

A produção industrial brasileira teve queda de -1,2% M/M em abril. menos intensa que a esperada pela média do mercado (-1,4% M/M), mas mais negativa que a expectativa da SulAmérica Investimentos (-0,5% M/M). A variação A/A foi de -7,6% A/A e a variação em 12 meses aprofundou sua queda de -4,7% em março para -4,8% em abril.

Tal como vem ocorrendo nos últimos meses, a queda na produção industrial se concentrou na indústria de transformação (-1,3% M/M), pois a produção extrativa mineral teve crescimento de 1,5% M/M em abril, sendo esse o 5º mês consecutivo de alta. As variações A/A também são bem diferentes, com queda de -10,0% A/A na indústria de transformação e expansão de 11,2% A/A na extração mineral.

Todas as categorias de uso tiveram queda na margem em abril, com a retração mais intensa ocorrendo na produção de bens de capital (-5,1% M/M), cuja queda no dado acumulado do ano contra mesmo período do ano passado já chega a -19,7%. A produção de bens duráveis também é destaque de queda na comparação YTD (-16,0%), sendo que na margem ela teve queda de -1,8% M/M. A maior intensidade das quedas na produção de bens de capital e de bens de consumo duráveis já era esperada, dada a retração nas concessões de crédito e a queda da confiança de empresários e consumidores. Os outros setores também apresentaram queda em abril e também estão tendo queda na comparação YTD, mas em escala meno (em torno de -2,9% YTD para bens intermediários e -6,8% YTD para bens de consumo não duráveis e semiduráveis).

A produção industrial deve seguir em queda nos próximos meses. Os fatores que explicam a queda da produção industrial no ano (queda da massa salarial, do emprego e da renda, diminuição da concessão de crédito, recuo da confiança de empresários e consumidores, taxa de juros mais alta, ajuste fiscal) devem prosseguir afetando a indústria no futuro próximo. Dessa forma, a expectativa da SulAmérica Investimentos para produção industrial em 2015 segue sendo de grande contração, de -6,0%.

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