Produção Industrial – Agosto/15

Produção Industrial – Agosto/15

Produção Industrial – Agosto/15

A produção industrial brasileira teve queda de 1,2% M/M em agosto, igual à projeção da SulAmérica Investimentos (-1,2%), mas menos negativa que a mediana das expectativas do mercado (-1,5%). Em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda foi de -9,0% A/A. No acumulado do ano contra mesmo período do ano anterior, já houve queda de -6,9% e nos últimos 12 meses a contração é de -5,7%.

Houve queda em quase todas as categorias de uso, com a contração mais forte se dando em bens de capital (-7,6% M/M) e bens de consumo duráveis (-4,0% M/M). Houve alta apenas na produção de bens intermediários, e o crescimento foi modesto (0,2% M/M).

Os dados na produção industrial relacionados ao investimento mostram que ele se contraiu ainda mais em agosto. Além da já mencionada queda da produção de bens de capital, houve um aprofundamento da queda na produção de insumos típicos de construção civil (queda A/A passou de -12,5% para -15,2%).

A produção industrial seguiu em contração em agosto, e deve ter caído de novo em setembro, pelos dados já conhecidos de confiança da indústria e nível de utilização da capacidade instalada. A queda da produção industrial decorre da queda da confiança na política econômica, do aperto monetário e fiscal, da piora dos termos de troca e da queda do consumo das famílias, além de alguns eventos não econômicos (em especial na construção civil). a expectativa para os próximos meses é de mais queda, dessa vez refletindo mais a piora adicional da confiança e o aumento das taxas de juros do mercado. A depreciação cambial deve ser um dos poucos fatores a favor do aumento da produção industrial, mas seu efeito deve demorar a ser percebido.

A queda na produção industrial no 3º trimestre deve ser mais intensa que a vista nos trimestres anteriores, devendo ficar em -2,9% T/T contra -2,3% T/T do 2º trimestre, e devendo piorar o resultado do PIB do 3º trimestre. Para o ano de 2015 como um todo, a expectativa da SulAmérica Investimentos é de queda de 7,5% em relação a 2014.

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