Produção Industrial – Fevereiro/17

Produção Industrial – Fevereiro 2017

A produção industrial no Brasil teve crescimento de 0,1% M/M em fevereiro, igual à expectativa da SulAmérica Investimentos (0,1%), mas mais baixa que a mediana de projeções coletada pela Bloomberg (0,7%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve queda de -0,8% A/A, contra +1,4% A/A no mês anterior. Em 12 meses a taxa de variação segue ficando menos negativa, tendo passado de -5,4% para -4,8%.

Houve alta na maior parte das categorias de uso, com destaque para a produção de bens de consumo durável (7,1% M/M) e bens de capital (6,5% M/M), sendo que esse crescimento foi bem disseminado e não restrito apenas a bens ligados a transportes e automóveis. No entanto, a queda na produção de bens de consumo não durável (-1,6% M/M), com destaque para a queda na produção de alimentos, conseguiu compensar esse desempenho dos outros grupos.

A produção extrativa mineral teve recuo de -0,5% M/M em fevereiro, ajudando a explicar o fraco desempenho da indústria geral no mês, uma vez que a indústria de transformação teve crescimento de 0,4% M/M. Mas esse último movimento ainda não muda o quadro dos últimos meses, que mostra muito mais dinamismo na produção extrativa mineral (com alta de 8,7% em relação aos dois primeiros meses de 2016) do que na produção manufatureira, que ainda está 2,0% abaixo do nível visto em jul1/16.

A produção industrial brasileira deve mostrar crescimento em 2017, devido à baixa base de comparação e aos sinais que estão sendo vistos em alguns setores de que o “fundo do poço” já tenha sido atingido, em especial na produção de automóveis. A taxa de crescimento, no entanto, não deve ser muito forte na margem, uma vez que o consumo interno brasileiro ainda está em queda (como visto nas vendas no varejo) e as exportações respondem por pequena parte da demanda. A expectativa da SulAmérica Investimentos é de que a produção industrial em 2017 tenha crescimento de 2,3%.