Produção Industrial – fevereiro 2015

Produção Industrial – fevereiro 2015

Produção Industrial – fevereiro 2015

A produção industrial brasileira recuou -0,9% M/M na série com ajuste sazonal, menos do que o esperado pelo mercado (-1,5%) e pela SulAmérica Investimentos (-1,7%). Houve queda em relação ao mesmo mês do ano anterior, de -9,1% A/A, também menor que a projetada pela SulAmérica Investimentos (-11,3%) e pelo mercado (-10,1%). A variação acumulada em 12 meses da produção industrial seguiu ficando mais negativa, passando de -3,5% em janeiro para -4,5% em fevereiro.

Houve grande revisão nos dados anteriores na série dessazonalizada da produção industrial, devido ao processo de ajuste sazonal, resultando em mudanças, em especial nos dados de dez/14 e jan/15. A queda de 3,2% M/M na produção em dez/14 foi revista para uma queda de apenas -1,6% M/M. E a alta de 2,0% M/M na produção industrial em jan/15 foi revista para alta de apenas 0,3% M/M. De forma geral, a produção industrial ficou 0,3% menor em jan/15 do que era visto antes, na divulgação anterior.

A queda na produção industrial de -0,9% M/M no mês foi bem disseminada, com todas as categorias de uso apresentando redução em relação ao mês anterior. O destaque negativo foi a produção de bens de capital, com queda de -4,1% M/M. A menor queda ocorreu em Bens Intermediários, -0,1% M/M. Destaque positivo para a produção extrativa mineral, que ainda segue mostrando resultados positivos (0,9% M/M em fevereiro) pelo terceiro mês consecutivo, e tendo crescimento de 12,0% A/A contra o mesmo mês do ano anterior, em contraste com a queda de -11,5% A/A da manufatura.

A produção industrial deve seguir com trajetória negativa ao longo do ano, impactada pela queda da confiança de empresários, aumento da taxa de juros, dificuldade de financiamento de diversas empresas e contração fiscal. A queda de consumo de diversos bens duráveis, como automóveis, também deve ter impacto negativo, além da queda de demanda de parceiros externos, em especial na América Latina. A taxa de câmbio deve ter um impacto bem defasado sobre a produção industrial, e ainda assim ele deve ser bem menor que o restante dos outros fatores. Para o ano de 2015 como um todo, a expectativa da SulAmérica Investimentos é de queda de -4,0% em relação a 2014.

Topo