Produção Industrial – Julho/16

Produção Industrial – Julho/16

Produção Industrial – Julho 2016

A produção industrial brasileira teve crescimento de 0,1% M/M em julho, número próximo da mediana das expectativas do mercado (0,0%) e acima da projeção da SulAmérica Investimentos (-1,0%). A queda em relação ao mesmo mês do ano anterior ficou em -6,6% A/A, enquanto a variação acumulada no ano contra igual período do ano anterior ficou em -8,7% YTD. A variação em 12 meses começou a ficar menos negativa, tendo passado de -9,8% em junho para -9,6% em julho.

A ligeira alta na produção industrial de julho decorreu de uma combinação de forte alta na extração mineral (1,6% M/M) e ligeira queda na indústria de transformação (-0,1% M/M). Mesmo com essa alta na margem, a indústria extrativa mineral tem uma queda forte na comparação A/A, de -9,9% A/A, decorrente da queda de extração de ferro devido ao acidente da Samarco, que sairá da base de comparação apenas em dezembro de 2016.

Houve queda em duas categorias de uso (bens de capital -2,7% M/M e bens de consumo não duráveis -1,9% M/M) e alta nas outras duas (bens de consumo duráveis +3,3% M/M e bens intermediários +1,6% M/M). A queda na produção de bens de capital interrompe 6 meses consecutivos de alta, nos quais a produção de bens de capital subiu 14,7%. A recuperação na produção de bens de capital está ligada à melhora da confiança dos investidores com o cenário econômico nacional, mas, por enquanto, dá sinais de refletir empresários voltando a investir para evitar que sua capacidade instalada deprecie, e não para aumentar o nível da capacidade instalada. Dessa forma, o mais provável é que a taxa de crescimento do investimento se torne mais volátil no segundo semestre e bem mais baixa que no primeiro semestre (no qual foi 2,3% M/M em média).

A expectativa da SulAmérica Investimentos é de que os próximos meses sigam mostrando variações próximas de zero para a produção industrial na margem. Para o ano de 2016 a epxectativa da SulAmérica Investimentos é de contração de -5,3% na produção industrial, contra -8,2% em 2015.

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