Produção Industrial – Março/16

Produção Industrial – Março/16

Produção Industrial – Março/2016

A produção industrial brasileira em março subiu 1,4% M/M, um pouco menos que a mediana das projeções do mercado (1,5%), mas mais que o esperado pela SulAmérica Investimentos (0,0%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior ainda há queda, de -11,3% A/A, mais forte que no mês anterior (-9,8%).

Houve alta em todas as categorias de uso, com o destaque sendo a produção de bens de capital (+2,2% M/M). A categoria com menor crescimento em março foi a produção de bens intermediários, que avançou apenas 0,1% M/M. A produção de bens de consumo duráveis subiu 0,3% M/M e a de bens de consumo semi e não duráveis 0,9% M/M.

A alta na produção em março foi favorecida pelo crescimento na produção de veículos no mês. Dentro dos bens de capital, os ligados a transportes avançaram 1,6% M/M, enquanto dentro dos bens duráveis a produção de automóveis avançou 0,4% M/M.

A variação no 1º trimestre de 2016 da produção industrial ainda foi negativa (-2,3% T/T), mas menos negativa que nos trimestres anteriores (-4,1% T/T no 4º trimestre de 2015, por exemplo). A queda na extração mineral ainda foi bastante forte (-6,5% T/T), com efeitos da produção menor de petróleo e de minério de ferro. A produção manufatureira, por sua vez, teve a menor queda desde o 4º trimestre de 2014, recuando -2,1% T/T (contra -3,5% T/T no trimestre anterior).

Ainda é cedo para falar em tendência de recuperação da produção industrial. Nos próximos meses a produção industrial deve voltar a mostrar novos recuos, que devem ser menos intensos que os vistos no passado. A queda na massa salarial e no crédito deve fazer a produção voltada ao consumo doméstico cair por mais alguns meses. A produção voltada para exportações e a substituição de importações devem ter uma melhora nos próximos meses devido à grande depreciação cambial (mesmo com a valorização recente do real). A estabilização nos índices de confiança de empresários e consumidores nos últimos meses também deve contribuir para a estabilização e recuperação da indústria, mas mais no médio prazo. Para o ano de 2016 a expectativa da SulAmérica Investimentos é de queda pelo menos igual à vista em 2015, de -8,3%.

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