Produção Industrial – Outubro/15

Produção Industrial – Outubro/15

Produção Industrial – Outubro/2015

A produção industrial brasileira teve queda de -0,7% M/M em outubro, contração mais intensa que a mediana de projeções do mercado (-0,1%), e que a projeção da SulAmérica Investimentos (-0,5%). A queda em relação ao mesmo mês do ano anterior segue se intensificando, tendo passado de -10,9% A/A em setembro para -11,3% A/A em outubro, a maior queda desde mai/09 (-14,1%). A queda acumulada até outubro na comparação com o mesmo período do ano anterior é de -7,8%.

A produção industrial teve queda menos intensa em outubro (-0,7% M/M) do que em setembro (-1,5% M/M), devido ao desempenho da manufatura, que teve contração de -0,3% M/M contra -1,5% M/M do mês anterior. Diversos indicadores coincidentes já apontavam para uma queda menos intensa nesse setor para esse mês. Entretanto, a extração mineral reverteu as altas dos últimos dois meses e teve contração de -2,0% M/M em outubro, ajudando o resultado a ficar pior que o esperado.

Houve queda em todas as categorias de uso no mês de outubro, com destaque para a contração na produção de bens de capital (-1,9% M/M) e bens de consumo duráveis (-5,6% M/M).

A contração da atividade industrial, de forma geral, segue em patamar muito grande para os padrões históricos, mesmo que tenha ficado menos intensa na margem em outubro. Em relação ao último pico de produção (jun/13), a produção industrial como um todo já está 17% menor, sendo que a queda na produção de bens de capital e de bens de consumo duráveis é bem maior na mesma comparação (39% e 36,5%, respectivamente).

A produção industrial ainda deve ter mais quedas no restante do ano, com a atividade extrativa sendo afetada pelo desastre de mineração em Mariana-MG e a produção manufatureira ainda contraindo devido à queda das vendas e confiança de consumidores e investidores em patamar baixo. A volta da turbulência política deve fazer com que os investidores permaneçam receosos, diminuindo ainda mais a atividade. Para o ano de 2015, a projeção da SulAmérica Investimentos é de queda de 8,1% em relação a 2014.

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