Produção Industrial – setembro

Produção Industrial – setembro

Produção Industrial – setembro

01/11/13

A produção industrial de setembro, divulgada pelo IBGE, mostrou avanço de 0,7% M/M, ficando abaixo das expectativas do mercado (1,3% M/M) e um pouco acima da projeção da SulAmérica Investimentos (0,4% M/M). Tal como no mês anterior, a volatilidade da produção industrial diminuiu, interrompendo seu formato de serra que havia sido visto desde o começo do ano. No entanto, o crescimento visto agora é bem modesto, em especial se for considerada a grande queda da produção em julho. Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve crescimento de 2,0% A/A.

Dentre as categorias de uso, a frustração com o crescimento em relação às expectativas de mercado se concentrou nos bens intermediários e bens de consumo não duráveis. Os bens intermediários, que representam mais da metade do valor da produção industrial no país, tiveram variação zero em setembro, sendo que nos últimos meses estão com um desempenho ruim, tendo ocorrido uma queda forte em abril desse ano da qual a indústria ainda não se recuperou. Os bens de consumo não duráveis também tiveram desempenho ruim nos últimos meses, existindo uma tendência de queda desde junho desse ano.

A produção de bens de consumo duráveis mostrou avanço em setembro, mas ainda não se recuperou de toda a queda vista em julho, estando abaixo do patamar de junho. Esse avanço na produção de bens duráveis está relacionado à produção de automóveis, que segue firme mesmo com as vendas em queda no período mais recente e aumento de estoques. A produção de bens de capital foi a notícia positiva da produção industrial, com a produção crescendo consideravelmente (4,0% M/M) e alcançando novo patamar recorde. A recuperação desse setor também está relacionada aos bens de transporte, em especial caminhões.

A volatilidade mensal que havia no índice geral de produção industrial estava concentrada na produção manufatureira. A volatilidade da produção manufatureira diminuiu nos últimos meses, daí, portanto, a redução no índice geral. O nível da produção manufatureira está abaixo dos picos vistos em janeiro, abril e junho desse ano, sendo apenas um pouco maior do que o visto em dezembro do ano passado. Esse cenário, aliado ao visto na produção extrativa, parece indicar uma recuperação em ritmo moderado no 4º trimestre.

A produção industrial no 3º trimestre mostrou queda de 1,4% T/T na série dessazonalizada, após ter se expandido 0,9% T/T no 2º trimestre. Isso é condizente com a projeção da SulAmérica Investimentos de PIB com variação 0,0% T/T no 3º trimestre. As variações na margem na produção manufatureira e extrativa também corroboram a visão de que o 4º trimestre deve mostrar avanço moderado.

Topo