Vendas no Varejo – Abril 2015

Vendas no Varejo – Abril 2015

Vendas no Varejo – Abril 2015

As vendas no varejo no Brasil tiveram queda de -0,4% M/M em abril, vindo abaixo do esperado pela SulAmérica Investimentos (+0,4% M/M) e da mediana das expectativas do mercado (0,7% M/M). Em relação ao mesmo mês do ano anterior a queda foi de -3,5% A/A e a queda acumulada no primeiro quadrimestre em relação ao primeiro quadrimestre do ano anterior é de -1,5%.

A queda no varejo restrito ocorreu em 6 dos 8 grupos, com apenas as vendas de Supermercados e Artigos farmacêuticos tendo variações positivas (de 1,9% M/M e 0,3% M/M, respectivamente). As vendas de Supermercados ficaram um pouco abaixo do esperado, dada a variação mais forte nas vendas medidas pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), de 2,7% M/M, mas a diferença em relação às expectativas se deu mais na intensidade da queda dos outros grupos. Houve queda muito forte nas vendas de Material para escritório (-12,2% M/M), Outros artigos de uso pessoal (-5,1% M/M), Vestuário e calçados (-3,8% M/M) e Móveis e eletrodomésticos (-3,1% M/M).

Outra forma de ver como a queda foi bastante disseminada é através das variações A/A, que foram negativas para todos os grupos, com exceção de dois: Artigos farmacêuticos (que ainda assim diminuiu de 10,3% para 6,2%) e Material para escritório (que também recuou bastante, de 21,8% para 2,7%).

O varejo ampliado teve uma queda menor que a do restrito (-0,3% M/M), devido ao crescimento das vendas de veículos (4,4% M/M). As vendas de material de construção caíram -1,2% M/M. O crescimento nas vendas de veículos não deve ser persistente, devendo ser uma exceção ao longo do ano, com novas quedas sendo esperadas nos próximos meses pelos dados coincidentes (como vendas da Fenabrave e Anfavea).

As vendas no varejo devem seguir com desempenho bem ruim ao longo do restante do ano, devido ao aumento do desemprego, menor crescimento do crédito, inflação elevada e queda na confiança de consumidores. Para o ano de 2015 como um todo, a expectativa da SulAmérica Investimentos é de queda de -2,2% em relação a 2014.

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