Vendas no Varejo – Agosto/2015

Vendas no Varejo – Agosto/2015

Vendas no Varejo – Agosto/2015

As vendas no varejo no Brasil tiveram queda de -0,9% M/M em agosto, contração mais intensa que a expectativa da SulAmérica Investimentos (-0,5% M/M) e que a mediana das projeções do mercado (-0,6%). A queda em relação ao mesmo mês do ano anterior foi de -6,9% A/A, mais intensa que a dos últimos meses (-3,9% A/A em julho). A queda acumulada nos primeiros 8 meses do ano é de -3,0%, e nos últimos 12 meses a variação está negativa em -1,5%.

Houve uma revisão para baixo nos dados anteriores das vendas no varejo, com a queda de -1,0% M/M de julho sendo revista para -1,6% M/M e os -0,5% M/M de junho para -0,6% M/M. Como resultado, as vendas no varejo em julho estão 0,8% menores em volume do que divulgado anteriormente.

A queda nas vendas no varejo em agosto foi, de forma geral menos intensa e menos disseminada que a queda vista no mês anterior, mas ainda assim o resultado é bem negativo. Enquanto em julho houve queda em todos os setores, em agosto alguns deles tiveram alta (Artigos farmacêuticos e Equipamentos e materiais para escritório). Houve queda menos intensa nas vendas de Supermercados e hipermercados e Móveis e eletrodomésticos. Por outro lado alguns setores tiveram queda marginal mais intensa, caso de Combustíveis e lubrificantes, Vestuário e Livros, jornais e revistas.

O varejo ampliado, que inclui também as vendas de veículos e materiais de construção, teve queda de -2,0% M/M. A queda foi mais forte que no varejo restrito devido às fortes contrações nas vendas de veículos (-5,2% M/M) e material de construção (-2,3% M/M).

A revisão para baixo nos dados anteriores e o dado mais fraco que esperado em agosto fizeram a SulAmérica Investimentos mudar a projeção das vendas no varejo em 2015 para baixo, de -4,3% para -4,8%. Agosto já é o sétimo mês consecutivo de queda nas vendas no varejo, e essa queda deve continuar nos próximos meses, decorrente do aumento do desemprego, queda da confiança do consumidor, inflação elevada, queda da renda real e menor crescimento do crédito.

Topo