Vendas no Varejo – Agosto 2017

Vendas no Varejo – Agosto 2017

Vendas no Varejo – Agosto 2017

As vendas no varejo no Brasil em agosto tiveram queda de -0,5% M/M, vindo abaixo da mediana das expectativas do mercado (+0,1%) e da projeção da SulAmérica Investimentos (-0,1%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 3,6% A/A, enquanto a alta acumulada no ano é de 0,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Dos oito grupos que foram o varejo restrito, apenas um teve alta em agosto: as vendas de Móveis e eletrodomésticos subiram 1,7% M/M. Todos os outros grupos tiveram queda, com destaque para a redução de -6,7% M/M nas vendas de Material para escritório e equipamento de comunicação , -3,4% M/M nas vendas de Vestuário e calçados e -2,9% M/M em Combustíveis e lubrificantes. Grupos de grande peso tiveram quedas menores, como Artigos farmacêuticos (-0,5%) e Supermercados, hipermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).

O comércio varejista ampliado, que inclui mais dois outros grupos ao restrito (veículos e material de construção) teve alta de 0,1% M/M, abaixo dos 0,8% M/M esperados pelo mercado. Houve alta forte nos dois grupos adicionais, que ajudou a evitar queda nesse segmento, com crescimento de 2,8% M/M nas vendas de Veículos, motos, partes e peças e 1,8% M/M nas vendas de Material de construção.

O comércio varejista segue com desempenho melhor nos segmentos ligados a crédito (alta de 1,2% M/M e 14,8% A/A em agosto) do que nos segmentos ligados a renda (-0,7% M/M e +1,2% A/A). Isso deve refletir os efeitos dos saques das contas inativas do FGTS, que tiveram maior impacto no consumo de bens duráveis e mais ligados ao crédito.

As vendas no varejo devem voltar a subir nos próximos meses. A estabilização do emprego, junto com a inflação baixa, fazem com que a massa salarial volte a crescer, ajudando na expansão das vendas ligadas à renda. O crédito às famílias está crescendo na margem, e deve crescer mais com a queda esperada na taxa de juros e na taxa de desemprego (que afeta inadimplência), ajudando a impulsionar as vendas mais ligadas à crédito. As taxas de crescimento não devem ser tão fortes quanto as vistas em abril (1,1%) e junho (0,8%), meses em que houve mais efeito dos saques do FGTS, porém as vendas no varejo devem terminar o ano com crescimento de 2,2% em relação ao ano passado.

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