Vendas no Varejo – agosto de 2014

Vendas no Varejo – agosto de 2014

Vendas no varejo (ago/14)

As vendas no varejo em agosto no Brasil tiveram crescimento de 1,1% M/M, acima da mediana das projeções do mercado (0,7%) e abaixo da estimativa da SulAmérica Investimentos (2,0% M/M). O crescimento das vendas em agosto compensou a queda do mês anterior (-1,0% M/M), porém as vendas no varejo ainda mostram contração em relação ao mesmo mês do ano anterior (-1,1% A/A) e ainda estão 1,5% abaixo do nível visto em jan/14.

A maior parte dos grupos teve crescimento nas vendas em agosto, com destaques positivos indo para Tecidos e vestuário (3,2% M/M),. Equipamentos e material para escritório (7,5% M/M) e Artigos farmacêuticos (2,5% M/M). Os destaques negativos foram Supermercados, hipermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo (-0,1% M/M) e veículos (-2,5% M/M), sendo que esse último fez as vendas no varejo ampliado terem queda de -0,4% M/M mesmo com a alta no restante do varejo. A queda nas vendas de supermercados está relacionada à inflação mais elevada de alimentos no período mais recente.

De forma geral, mesmo com a recuperação das vendas em agosto, o desempenho dos diversos segmentos no varejo ainda está ruim no ano, com variações negativas na comparação A/A. A queda nas vendas no varejo está relacionada ao menor crescimento tanto da massa salarial quanto do crédito nesse ano. A exceção dentre os segmentos é Artigos farmacêuticos, que ainda mentém taxa de variação positiva na comparação A/A (7,1%) devido à sua essencialidade para o bem estar das famílias.

As vendas no varejo em agosto, apesar do crescimento na margem, apenas recuperaram parte da queda vista no ano. O aumento de agosto recuperou apenas a queda vista nos últimos dois meses, relacionada à Copa do Mundo e seu menor número de dias úteis. As vendas ainda seguem em patamar abaixo do visto no começo do ano, estando em um nível tão baixo devido à queda da confiança dos consumidores, menor crescimento da massa salarial e do crédito. O restante do ano de 2014 deve mostrar crescimento fraco com a taxa de variação do volume ao final do ano ainda ficando em torno de 2,0%.

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