Vendas no Varejo – Dezembro/15

Vendas no Varejo – Dezembro/15

Vendas no Varejo – Dezembro/2015

As vendas no varejo no Brasil em dezembro tiveram queda de -2,7% M/M, mais intensa que a mediana das projeções do mercado (-2,5%), mas menos que a expectativa da SulAmérica Investimentos (-4,0%).

O ajuste sazonal usado pelo IBGE parece não ter captado a mudança de hábitos dos consumidores brasileiros nos últimos anos, causada pela Black Friday. Dessa forma, os dados dos últimos anos de novembro têm apresentado altas significativas (no índice geral, mas mais concentrado nos subgrupos ligados a eletrônicos e móveis e eletrodomésticos), seguidos por quedas significativas em dezembro.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas no varejo tiveram recuo de -7,1% A/A, igual à mediana das projeções do mercado. Ignorando a volatilidade do dado ajustado sazonalmente, é possível perceber que as variações A/A permanecem em patamares muito negativos (-5,7% A/A em out/15, -7,8% A/A em nov/15, -7,1% A/A em dez/15), e que isso fez as vendas no varejo em 2015 terem um recuo de 4,3% em relação a 2014, o pior resultado da série histórica.

Mesmo com todos esses dados negativos, é importante mencionar que houve estabilidade no volume de vendas no varejo no 4º trimestre quando comparado com o 3º trimestre, ajustado sazonalmente. Ainda houve quedas em diversos setores, mas, no trimestre, elas foram compensadas por altas nas vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+0,6% T/T), Móveis e eletrodomésticos (+1,5% T/T) e Artigos farmacêuticos (+2,2% T/T). Todos esses setores tiveram quedas nas vendas no ano, mas houve alguma reação no final de 2015, mesmo que tímida diante da queda anterior.

As vendas no varejo no Brasil voltaram a ter queda no mês de dezembro, mas o 4º trimestre não foi tão ruim quanto os trimestres anteriores, devido ao desempenho de alguns setores. O carregamento estatístico para o ano de 2016 é negativo (-3,2%), e a expectativa é que as vendas no varejo caiam mais na margem ao longo de 2016, levando a mais um resultado negativo em torno de 4%.

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