Vendas no Varejo – Dezembro/16

Vendas no Varejo – Dezembro/16

Vendas no Varejo – Dezembro 2016

As vendas no varejo no Brasil tiveram queda de -2,0% M/M, igual às expectativas do mercado (mediana de projeções de -2,0% M/M segundo a Bloomberg) e à projeção da SulAmérica Investimentos (-2,0%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve queda de -4,9% A/A e no ano a queda foi de -6,2%, o pior resultado na série histórica (com início em 2000, com o segundo pior resultado sendo 2015 (quando houve queda de -4,4%).

Os grupos que mais contribuíram para a queda nas vendas em dezembro foram Supermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo (-3,0% M/M), Móveis e eletrodomésticos (-2,5% M/M) e Outros artigos de uso pessoal (-3,9% M/M). Esses foram os setores que haviam se beneficiado com a Black Friday em novembro, altas de 1,0% M/M, 2,0% M/M e 4,3% M/M, respectivamente, havendo uma compensação nas vendas em dezembro. Um setor que havia sido beneficiado pela Black Friday e continuou com alta nas vendas foi Equipamento e materiais para escritórios, informática e comunicação, que teve alta de 5,3% M/M em novembro e 1,9% M/M em dezembro. Os outros setores, de forma geral, tiveram basicamente estabilidade em dezembro, com variação de +0,1% M/M em Artigos farmacêuticos e Vestuário e calçados.

As vendas no varejo ampliado tiveram queda menos intensa, de -0,1% M/M. Os dois setores que são adicionados para formar o comércio varejista ampliado tiveram alta forte, de 2,1% M/M para material de construção e 1,8% M/M para veículos, motos, partes e peças. A alta em material de construção chama atenção, por seguir um crescimento forte, de 7,7% M/M, em novembro.

No quarto trimestre de 2016 as vendas no varejo tiveram queda de -1,2% T/T, contração menos intensa que no 3º trimestre (-1,6%), mas ainda bastante forte, sendo também o oitavo trimestre consecutivo de queda.

O carregamento estatístico para 2017 é negativo em -2,8%. A expectativa da SulAmérica Investimentos é de uma recuperação bem lenta nas vendas no varejo, devido à alta taxa de desemprego e contração no crédito. A projeção para 2017 é de queda de -2,0% no volume vendido.

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