Vendas no Varejo – Fevereiro/17

Vendas no Varejo – Fevereiro/17

Vendas no Varejo – Fevereiro 2017

As vendas no varejo em fevereiro no Brasil tiveram queda de -0,2% M/M em volume, número próximo da expectativa da SulAmérica Investimentos (-0,1%), mas menor que a mediana das projeções do mercado (+0,5%). É importante destacar que a ligeira queda em fevereiro ocorreu após o dado de janeiro mostrar alta revisada de +5,5% M/M. O dado inicialmente divulgado para janeiro apontava queda de -0,7% M/M. A variação contra igual mês do ano anterior também sofreu grandes revisões, com o dado de janeiro passando de -7,1% A/A para -1,2% A/A. Em fevereiro a queda foi de -3,2% A/A.

Houve alta nas vendas em 5 dos 8 grupos que compõem o varejo restrito. Os destaques de alta foram móveis e eletrodomésticos (+3,8% M/M) e vestuário e calçados (+1,5% M/M). A alta desses segmentos decorre das promoções e queimas de estoques feitas na virada do ano e mostram força, uma vez que a alta em janeiro já havia sido forte (12,8% M/M de vestuário e 2,3% M/M de móveis e eletrodomésticos). Houve queda em apenas 3 dos 8 grupos, com o impacto mais forte (e que levou o índice geral a mostrar recuo) vindo de Supermercados, hipermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo (-0,5% M/M, após ter subido 8,1% M/M no mês anterior).

O varejo ampliado teve alta de 1,4% M/M em fevereiro, com as vendas de veículos mostrando alta na margem de 0,1% M/M. As vendas de veículos já haviam melhorado nos últimos dois meses, com alta de 1,2% M/M em janeiro e 1,5% M/M em dezembro.

As vendas no varejo, com essa revisão, devem ter alta no ano de 2017 como um todo, de 2,5% na projeção da SulAmérica Investimentos, um resultado melhor que o do ano anterior (-6,3%). A alta de início de ano decorreu de promoções e queimas de estoques, porém o patamar de vendas ainda se manteve alto em fevereiro, com apenas uma queda ligeira. O IBGE avisou que o dado de pesquisa mensal de serviços, que será divulgado amanhã, também deve sofrer revisão no dado de janeiro e, portanto, há a possibilidade de ele também ser revisto para cima. Dessa forma, os dados coincidentes de PIB devem vir melhores no primeiro trimestre de 2017 e o IBC-Br divulgado pelo Banco Central também deve sofrer revisão para cima. Os dados melhores de vendas no varejo, serviços e agropecuária devem fazer o PIB do 1º trimestre de 2017 ser o primeiro sem queda na variação trimestral dessazonalizada desde 2014.

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