Vendas no Varejo – Fevereiro 2015

Vendas no Varejo – Fevereiro 2015

As vendas no varejo no Brasil tiveram queda de -0,1% M/M em fevereiro, abaixo do que era esperado pelo mercado (+0,2% M/M), mas acima do que era esperado pela SulAmérica Investimentos (-0,4% M/M). Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de -3,1% A/A, a primeira queda desde ago/14 e a mais intensa desde ago/03 (quando houve queda de -5,7% A/A). A variação em 12 meses do comércio varejista restrito seguiu recuando, tendo passado de 1,8% no mês de janeiro para 0,9% em fevereiro.

A queda nas vendas no varejo em fevereiro foi bastante disseminada, ocorrendo em 5 dos 8 grupos que compõem o varejo restrito. Os destaques de queda foram Combustíveis (-5,3% M/M), Móveis e eletrodomésticos (-1,3%) e Material para escritório e equipamento de comunicação (-1,3% M/M). A queda mais intensa nos últimos dois grupos se deve ao fato de serem bens de consumo duráveis, mais afetados pelo menor crescimento do crédito e pela queda da renda real das famílias. Dos três grupos que tiveram alta, o destaque, em termos de contribuição, seguiu sendo Artigos farmacêuticos (0,8% M/M), que seguiu crescendo devido à sua essencialidade.

O varejo ampliado teve queda ainda mais intensa que o varejo restrito (-1,1% M/M), com recuo mais forte nas vendas de veículos (-3,5% M/M). O que foi dito sobre bens duráveis no varejo restrito vale também para as vendas de veículos, sendo que elas também são afetadas pelo aumento de impostos sobre esses bens.

A expectativa da SulAmérica Investimentos segue sendo de queda para as vendas no varejo nesse ano, em torno de -2,0% em relação ao ano passado. O resultado das vendas no varejo em fevereiro não alterou nossa projeção para o IBC-Br de fevereiro, que segue sendo de variação de -0,5% M/M.