Vendas no Varejo – jan/14

Vendas no Varejo – jan/14

Vendas no Varejo – Jan /14

As vendas no varejo em janeiro no Brasil tiveram crescimento de 0,4% M/M em volume, acima do que era esperado pelo mercado (-0,3% M/M) e pela SulAmérica Investimentos (-0,5% M/M). A taxa de crescimento A/A ficou em 6,1% A/A, mas o fraco crescimento nos meses anteriores ainda faz com que a taxa de crescimento em 12 meses permaneça em 4,3%.

Quase todos os grupos tiveram alta no mês de janeiro, na comparação mensal dessazonalizada. No comércio restrito, 6 dos 8 grupos tiveram alta, com as exceções sendo Tecidos, vestuário e calçados (-0,4% M/M) e Outros artigos de uso pessoal (-0,2% M/M). A queda nesses grupos, portanto, foi pequena, em especial se comparada à intensidade da alta nos outros grupos : dos 6, apenas um teve crescimento abaixo de 1,0% M/M, Livros, jornais, revistas e papelaria, que mesmo assim cresceu 0,6% M/M. As maiores altas ocorreram no volátil grupo Equipamentos e material para escritório (5,9% M/M) e em Artigos farmacêuticos (4,3% M/M), que assim mais do que se recuperou da queda vista no mês anterior (-2,0% M/M).

A maior parte da alta do comércio varejista restrito pode ser ligada ao aumento da massa salarial no começo do ano, que ocorreu devido ao reajuste do salário mínimo. O aumento nas vendas de artigos farmacêuticos e de supermercados e hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0% M/M) está relacionado a isso. As vendas de artigos mais ligados ao crédito também tiveram recuperação, mas apenas parcial. Apesar de ter sido o grupo com maior variação, Equipamentos e materiais para escritório não conseguiu se recuperar plenamente da queda de dezembro (-14,1% M/M). O mesmo aconteceu com Móveis e eletrodomésticos (alta de 1,2% M/M em janeiro contra queda de -2,4% M/M em dezembro).

O crescimento das vendas no varejo no restante do ano deve permanecer fraco, com as vendas devendo se expandir em torno de 4,0%, um número ligeiramente abaixo do ano passado (4,3%), mas bem inferior ao visto nos anos anteriores (8,4% em 2012, por exemplo). A projeção para o IBC-Br, que será divulgada amanhã, foi revisada, de 0,8% M/M para 1,0% M/M, devido ao crescimento acima do esperado tanto da produção industrial quanto das vendas no varejo.

Topo