Vendas no Varejo – Julho/15

Vendas no Varejo – Julho/15

Vendas no Varejo – Julho 2015

As vendas no varejo no Brasil em julho tiveram queda de -1,0% M/M, igual à projeção do mercado (mediana de -1,0% M/M segundo a Bloomberg) e um pouco pior que a expectativa da SulAmérica Investimentos (-0,7% M/M). Em relação ao mesmo mês do ano passado houve queda de -3,5% A/A, e a queda acumulada no ano chegou a -2,4%.

A queda nas vendas no varejo em julho foi bem disseminada, ocorrendo em 7 dos 8 grupos do varejo restrito na comparação M/M dessazonalizada. O único grupo que não teve queda foi Outros artigos de uso pessoal, cuja variação ficou estável (0,0% M/M). A queda mais intensa ocorreu nos bens duráveis, em especial Equipamentos e material para escritório (-5,5% M/M), seguida por Móveis e Eletrodomésticos (-1,7% M/M). A queda mais intensa na venda de bens duráveis deve-se ao maior impacto que a queda na confiança e alta nos juros tem sobre esse setor. Os outros grupos tiveram em geral queda próxima de 1,0% M/M.

As vendas no varejo ampliado(que incluem o varejo restrito, mais material de construção e veículos) tiveram alta de 0,6% M/M em julho, em grande parte devido à maior venda de veículos no mês (5,1% M/M). Houve queda de -2,4% M/M na venda de material de construção. O aumento nas vendas de veículos pode durar por mais um mês, de acordo com os dados já disponíveis da Fenabrave e da Anfavea, mas deve ser revertido depois disso, devido à difícil situação do setor.

O resultado das vendas no varejo no Brasil segue negativo, e deve prosseguir assim por mais alguns meses. A recente onda de piores notícias (como o downgrade da dívida pública brasileira) deve resultar em mais queda de confiança e de atividade, com reflexos no emprego e na massa salarial. A queda de confiança também deve diminuir a vontade dos bancos de emprestarem, resultando em aumento de juros ao consumidor. Dessa forma, a queda nas vendas no varejo deve continuar ao longo dos próximos meses. A expectativa da SulAmérica Investimentos agora é de uma queda maior nas vendas no varejo no ano, em torno de -4,1% contra 2014.

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