Vendas no Varejo – Julho/16

Vendas no Varejo – Julho/16

Vendas no Varejo – Julho/2016

As vendas no varejo no Brasil em julho tiveram queda de -0,3% M/M em termos reais, contra expectativa de -0,9% M/M da SulAméirca Investimentos e mediana de projeções de -0,2% M/M do mercado. Em relação ao mesmo mês do ano anterior a variação ainda permaneceu negativa, passando de -4,8% A/A em junho para -5,3% A/A em julho. A variação acumulada no ano é de -6,7%, contra -2,4% no mesmo período do ano anterior.

Houve queda em 6 dos 8 grupos que compõem o varejo restrito. A queda mais forte ocorreu no grupo Vestuário e calçados (-5,8% M/M). Dois dos grupos com maior peso no varejo restrito (Supermercados, hipermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo e Combustíveis e lubrificantes, que juntos representam 60% do volume de vendas) tiveram quedas de -0,3% M/M, igual à do varejo restrito total.

Dois grupos tiveram altas na variação mensal, sendo que o desvio causado por eles foi a razão para a surpresa para cima em relação à projeção da SulAmérica Investimentos. As vendas de Artigos farmacêuticos subiram 0,7% M/M (primeira alta após três meses de quedas causadas pelo aumento de preços em abril), enquanto as vendas de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação tiveram a expressiva alta de 5,9% M/M (após queda acumulada de mais de -13% nos três meses anteriores).

Os grupos que são adicionados para formar o varejo ampliado mostraram redução. As vendas de veículos caíram -0,3% M/M, e as vendas de Material de Construção tiveram queda de -2,5% M/M. O varejo ampliado se reduziu em -0,5% M/M.

As vendas no varejo têm alternado meses de altas e baixas nos últimos trimestres (houve alta de +0,3% M/M em junho, por exemplo). Desde fevereiro, a variação acumulada foi de queda de -0,27%. A relativa estabilidade nas vendas no varejo nos últimos meses não impedirá que as vendas tenham queda recorde no ano de 2016 (-5,3% na projeção da SulAmérica Investimentos). Pode haver uma recuperação na margem no final do ano, porém ela deve ser modesta, com os gastos do consumidor sendo baixos devido à inflação ainda elevada, ao alto desemprego, à necessidade do consumidor desalavancar e ao baixo crescimento do crédito e da renda.

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