Vendas no Varejo – Julho/18

Vendas no Varejo – Julho/18

Vendas no Varejo – Julho 2018

As vendas no varejo no Brasil tiveram queda de -0,5% M/M, ficando abaixo da expectativa da SulAmérica Investimentos (+0,1% M/M) e da mediana de projeções do mercado (+0,3% M/M). Esse já é o terceiro mês consecutivo com queda nas vendas no varejo (-1,4% M/M em maio e -0,4% M/M em junho, com ambos os dados sendo revistos para baixo em relação à divulgação anterior em cerca de 0,1-0,2 pp). Em comparação com o mesmo mês do ano anterior houve queda de -1,0% A/A, a primeira queda nessa comparação desde mar/17.

As quedas no comércio varejista em julho foram bem disseminadas, ocorrendo em 5 dos 8 grupos que compõem o varejo restrito. Os recuos mais intensos ocorreram em Móveis e eletrodomésticos (-4,8% M/M) e Equipamentos de comunicação e material para escritório (-2,7% M/M), compostos em sua maioria por bens duráveis.

Apenas 3 dos 8 grupos do varejo restrito tiveram alta em julho. O crescimento em Artigos farmacêuticos foi basicamente nulo (+0,1% M/M), o de Combustíveis é pequeno (0,4% M/M) em comparação com as quedas que ocorreram nos meses anteriores (tanto que a variação A/A é de -9,3% A/A, bastante influenciada pela alta dos preços de combustíveis bem acima da média do mercado) e o de Supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo é alto (1,7% M/M), porém é apenas uma recuperação parcial da forte queda vista no mês anterior (-3,6% M/M). Mesmo assim, esse último setor tem mostrado um desempenho melhor que a média, devido aos preços de alimentos terem variado menos que a inflação média nos últimos meses.

O varejo ampliado também mostrou queda nas vendas em julho, de -0,4% M/M, após forte alta de 2,5% M/M no mês anterior. A acomodação nas vendas de veículos, partes e peças (-0,8% M/M) e Material de construção (-2,7% M/M), após forte alta no mês anterior (15,8% M/M e 11,5% M/M, respectivamente) ajudaram o setor a ter queda.

As vendas no varejo têm mostrado desempenho ruim nos últimos meses, destoando do que ocorreu na produção industrial (que mostrou forte queda em maio, forte recuperação em junho e pequena acomodação em julho). A expectativa da SulAmérica Investimentos para o IBC-Br com esse dado é de estabilidade na margem, com alta de 2,0% A/A.

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