Vendas no Varejo – Maio/17

Vendas no Varejo – Maio/17

Vendas no Varejo – Maio 2017

As vendas no varejo no Brasil em maio tiveram queda real de -0,1% M/M, abaixo do que era previsto pela maioria dos participantes do mercado (mediana de projeções de +0,3% M/M segundo a Bloomberg), mas acima do que era projetado pela SulAmérica Investimentos (-0,6%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve crescimento, de 2,4% A/A, o segundo mês consecutivo com variação positiva nessa comparação. A variação em 12 meses das vendas no varejo seguiu negativa (-3,7% em maio), mas diminuindo de intensidade em relação ao mês anterior (-4,6%).

Após terem subido +0,9% em abril, as vendas no varejo caíram -0,1% M/M em maio em grande parte devido ao grupo Vestuário e calçados, que teve contração de vendas de -7,8% M/M. Houve redução nas vendas em três outros grupos: Livros e papelaria (-4,5%), Equipamentos de comunicação e material para escritório (-2,8%) e Outros artigos de uso pessoal (-0,1%). Em compensação, quatro outros grupos seguiram com altas, com destaque para as vendas de Supermercados, hipermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo (+1,4% M/M em maio, após já ter subido +1,2% M/M no mês anterior).

As vendas no varejo ampliado tiveram queda de -0,7% M/M em maio, após a alta de +1,2% M/M no mês anterior. Isso ocorreu mesmo com as vendas de veículos tendo melhorado, passando de -0,1% M/M em abril para +1,2% M/M em maio.

O nível real das vendas no varejo em maio ainda se encontra 0,8% abaixo do nível real das vendas em janeiro, na série dessazonalizada. Mesmo com o saque das contas inativas do FGTS, o consumo de bens não parece ter subido muito, exceto em casos isolados de alguns bens duráveis. A elevada taxa de desemprego ainda mina a confiança dos consumidores, que se recuperou nos últimos meses mas ainda se encontra abaixo da média histórica. A inflação mais baixa ajuda o consumo de determinadas categorias de bens, com aumento da renda real de quem está empregado, porém a pequena taxa de criação de empregos faz com que a massa salarial real ainda não cresça como no passado. Dessa forma, as vendas no varejo têm crescimento fraco nos últimos meses (-0,2% M/M em média desde fevereiro), o que é suficiente para o resultado do ano de 2017 como um todo seja positivo, mas não muito alto (projeção da SulAmérica Investimentos de 1,7%, conta -6,3% no ano anterior).

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