Vendas no Varejo – Março/16

Vendas no Varejo – Março/16

Vendas no Varejo – Março 2016

As vendas no varejo em março tiveram queda de -0,9% M/M, uma contração mais forte que a mediana das expectativas do mercado (-0,6%), porém menos intensa que a projeção da SulAmérica Investimentos (-1,8%). Em relação ao mesmo mês do ano passado houve queda de -5,7% A/A.

Houve queda em 6 dos 8 grupos que compõem o varejo restrito, com as quedas mais fortes e importantes ocorrendo em Vestuário e calçados (-3,6% M/M), Supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7% M/m) e Outros artigos de uso pessoal (-2,5% M/M). Houve alta apenas nos grupos Equipamentos de comunicação e material para escritório (+6,1% M/M, após ter caído -2,7% M/M no mês anterior) e Artigos farmacêuticos e médicos (+0,7% M/M), que subiu devido à essencialidade desses bens e também com consumidores antecipando compras antes do reajuste dos preços dos remédios, que teve início em abril.

As vendas no comércio varejista ampliado tiveram queda mais intensa que do comércio restrito (-1,1% M/M contra -0,9% M/m), com quedas de -0,3% M/M no grupo Material de construção e -0,5% M/M em Veículos.

O primeiro trimestre de 2016 teve queda de vendas no varejo de -3,2% T/T, sendo essa a variação negativa mais intensa da série histórica. As vendas no varejo estão em contração na comparação trimestral desde o primeiro trimestre de 2015, já acumulando perdas de 10% no volume vendido nesse período.

Os determinantes para o consumo seguem ruins no Brasil. O crédito está desacelerando (e ficando mais caro para o consumidor), a renda está caindo e a taxa de desemprego aumentando. As vendas no varejo ainda devem ter quedas adicionais em 2016, devendo terminar o ano com contração de -5,3%, variação mais negativa que a vista em 2015 (-4,3%).

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