Vendas no Varejo – Outubro/2015

Vendas no Varejo – Outubro/2015

Vendas no Varejo – Outubro/2015

As vendas no varejo em outubro no Brasil tiveram alta no volume de 0,6% M/M, contrariando as expectativas do mercado (mediana de -1,1% M/M) e a projeção da SulAmérica Investimentos (-1,2%). Os dados anteriores foram revistos para cima, com a queda de 0,5% M/M de setembro sendo revista para -0,3% M/M.

A alta nas vendas no varejo em outubro interrompe oito meses consecutivos de queda (desde fevereiro), durante os quais as vendas tiveram contração de 6,3%.

A surpreendente alta nas vendas no varejo na margem ocorreu em quase todos os grupos, com apenas combustíveis (-2,6% M/M), material para escritório e comunicação (-9,2% M/M) e outros artigos de uso pessoal (-0,6% M/M) apresentando quedas. As altas foram consideráveis em alguns casos, como supermercados, hipermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo (2,0% M/M), vestuário e calçados (1,9% M/M) e artigos farmacêuticos (1,5% M/M).

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas foi 5,6% menor, com queda em todos os segmentos de vendas. A queda acumulada no ano é de 3,6% e em 12 meses, a variação em outubro foi de -2,7%. A contração de -5,6% A/A em outubro foi menos intensa que a dos meses anteriores (-6,3% A/A em setembro), mesmo com o fato de que outubro de 2015 teve dois dias úteis a menos que outubro de 2014. A diferença de dias úteis, junto com a queda menor A/A, pode explicar, em parte, a alta na margem no dado dessazonalizado.

As vendas no varejo ampliado tiveram queda de -0,1% M/M, com os componentes adicionais dela apresentando contração na margem (-2,9% M/M no caso de material de construção e -0,9% M/M no caso de veículos).

A alta nas vendas no varejo na margem em outubro não parece ser o fim da tendência de queda do comércio varejista em 2015, podendo ser resultado dos métodos de dessazonalização adotados pelo IBGE. Ainda há queda nas vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior, e bastante disseminada. Os determinantes para o consumo seguem fracos, com inflação em alta, renda real em queda, emprego em queda e crescimento fraco do crédito (tanto por falta de oferta quanto de demanda), além de confiança do consumidor em patamares baixos. Para o ano de 2015 a expectativa da SulAmérica Investimentos é de contração de 4,3% no volume das vendas em relação a 2014.

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