Vendas no varejo Outubro/2020

Vendas no varejo Outubro/2020

As vendas no varejo no Brasil tiveram alta de 0,9% M/M, acima do que era esperado pelo mercado (0,1%) e pela SulAmérica Investimentos (-0,2%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior a alta nas vendas foi de 8,3% A/A, a mais elevada desde fev/14. A variação em 12 meses ficou em 1,3%, contra 0,9% no mês anterior.

Dentre os grupos que compõem o varejo restrito, apenas um teve queda, Móveis e eletrodomésticos (-1,1% M/M). Ainda assim, esse grupo está com nível de vendas 19% acima do visto em fev/20. Os grupos com maiores taxas de crescimento foram Tecidos, vestuário e calçados (6,6% M/M) e Livros, jornais, revistas e papelaria (6,6% M/M). O importante grupo Supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve alta de 0,6% M/M. Em relação ao nível pré-pandemia, metade dos grupos seguem com vendas acima daquele patamar, com os outros quatro grupos abaixo, mas muitos se aproximando: Equipamentos e materiais para escritório e comunicação (97,9%), Tecidos, vestuário e calçados (95,4%) e Combustíveis e lubrificantes (95,3%).

O varejo ampliado teve crescimento maior que o restrito, com variação de 2,1% M/M. Contribuiu para isso a expansão de 4,8% M/M nas vendas de Veículos, motos, partes e peças. Já Material de construção teve um crescimento mais modesto, de 0,2% M/M, mas ainda assim seu nível supera o de fevereiro em 21,5%.

As vendas no varejo assim seguem com desempenho acima do esperado no final do ano, chegando até a acelerar seu crescimento em relação ao mês anterior. Mas em linhas gerais a variação no último trimestre ainda deve ser menor que a do 3º trimestre, com a expectativa de que diminua de 16,9% T/T para 0,7% T/T. A diminuição do estímulo fiscal, em especial o auxílio emergencial, com a renda advinda do emprego compensando apenas parcialmente essa queda, deve ser responsável principal por essa desaceleração. No ano de 2020, as vendas no varejo devem ter crescimento de 1,6%, contra 1,8% do ano de 2019.

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