Vendas no Varejo – Setembro/17

Vendas no Varejo – Setembro/17

Vendas no Varejo – Setembro 2017

As vendas no varejo em setembro tiveram alta de 0,5% M/M, acima do que era esperado pela SulAmérica Investimentos (0,1%) e da mediana de projeções do mercado (0,3%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve alta de 6,4% A/A e em 12 meses a queda diminuiu de -1,6% para -0,6%.

Houve revisão para cima nos dados anteriores. A variação do mês de agosto passou de -0,5% M/M para -0,4% M/M, havendo revisões também em dados anteriores. A revisão resultou em um dado de agosto 0,3% maior que o inicialmente divulgado no mês anterior.

A alta nas vendas no varejo em setembro se concentrou nos setores mais ligados à renda, em detrimento dos setores mais ligados ao crédito, numa inversão do movimento visto nos últimos meses, que havia sido impulsionado pelo saque das contas inativas do FGTS.

As vendas mais ligadas ao crédito tiveram queda de -0,1% M/M em setembro, após subiram 1,2% M/M em agosto. Isso refletiu em especial a variação do grupo Móveis e eletrodomésticos, que teve queda de -0,7% M/M em setembro, após ter subido 1,3% M/M em agosto (e 6,0% no período entre maio e agosto).

As vendas mais ligadas à renda tiveram alta de 1,3% M/M em setembro, contra queda de -0,5% M/M em agosto. Elas foram impulsionadas em especial pelo setor de Supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve alta de 1,0% M/M em setembro, contra +0,1% M/M em agosto. A contínua deflação nos preços de diversos itens, em especial alimentos, ajudou esse setor a crescer, junto com o aumento da renda das famílias, com a lenta recuperação do mercado de trabalho. Houve alta forte também nas vendas de Artigos farmacêuticos, de 4,3% M/M em setembro, compensando a queda de -1,0% M/M vista em agosto.

As vendas no varejo desaceleraram no 3º trimestre em relação ao 2º trimestre (de 0,8% T/T para 0,6% T/T), devido à queda nas vendas mais ligadas ao crédito. Entretanto, o comércio varejista ampliado teve uma aceleração nesse período (de 1,9% T/T para 2,3% T/T), devido à recuperação forte que está ocorrendo nas vendas de veículos (de 3,5% para 4,9%) e material de construção (de 2,3% para 4,3%).

O comércio varejista dessa forma ajudou a evitar um cenário pior para atividade no 3º trimestre, fazendo com que a expectativa para o IBC-Br de setembro suba de -0,1% M/M para 0,0% M/M, e do IBC-Br trimestral suba 0,4% T/T no 3º trimestre (mesma taxa de variação do 2º trimestre). O comércio varejista deve seguir subindo na margem nos meses finais de 2017, devendo terminar o ano com alta de 2,6% em volume contra o ano anterior, no qual houve queda de -6,2%.

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