A feeling of apprehension prevails in the market this Thursday, favoring safe-haven assets, such as the Japanese yen and gold.*

A feeling of apprehension prevails in the market this Thursday, favoring safe-haven assets, such as the Japanese yen and gold.*

Edição 2205

28/02/2019

Prevalece certo clima de apreensão permeando os negócios, nesta quinta-feira, favorecendo os ativos considerados porto seguro como o iene japonês e o ouro. O fim abrupto, sem emissão da tradicional "nota conjunta", do encontro entre o presidente dos EUA e o presidente da Coreia do Norte trouxe inquietação aos investidores. Ademais, integrantes da comitiva americana encarregada das negociações comerciais com a China afirmaram que há muito trabalho pela frente antes de se chegar a um acordo, frustrando a percepção de que o acordo comercial poderia estar próximo.

Na China, indicadores mostrando enfraquecimento da atividade industrial em fevereiro, reforçaram a percepção de uma economia mais fraca, neste início de 2019. O índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial chinês recuou de 49,5 em janeiro para 49,2 em fevereiro, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). Além de frustrar as projeções do mercado, o dado refletiu não só recuo da demanda externa, mas também fraqueza do consumo doméstico. Em Xangai, o índice Composto fechou com queda de 0,44%. O encerramento da reunião de cúpula entre EUA e Coreia do Norte sem um acordo derrubou a bolsa de Seul, na Coreia do Sul. O índice Kospi fechou em baixa de 1,76%, pior resultado da região. O japonês Nikkei caiu 0,76% em Tóquio. O dólar recuou para 110,77 ienes de 111,00 ienes no fim da tarde de ontem. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o dia com queda de 0,43%.

Na Europa, as ações de mineradoras e outras commodities lideram as quedas. Predominam preocupações com o desempenho da demanda mundial, principalmente, por produtos industriais, após os fracos números da indústria chinesa reforçar o cenário de uma economia global mais fraca. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra baixa de 0,30%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,71%, uma das maiores quedas na região. A bolsa francesa e a alemã, tem quedas modestas: -0,06% e -0,10%, respectivamente. O euro troca de mãos a US$ 1,1391, subindo diante do valor de US$ 1,1374 de ontem à tarde.

Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York acompanham o mau humor presente na Ásia e Europa, apontando para uma abertura negativa. O futuro do Dow Jones recua 0,21%, nesta manhã. O S&P 500 perde 0,27%; o Nasdaq tem queda de 0,41%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua para 2,672% ao ano de 2,689% no final da tarde de ontem. Na agenda econômica, será divulgado o PIB do 4º trimestre de 2018, que deve mostrar avanço anualizado de 2,2% T/T, desacelerando diante do crescimento de 3,4% no trimestre anterior, segundo as projeções do mercado.

A Bovespa deve ser influenciada pelo mau humor que toma conta das bolsas internacionais, mas estará atenta a divulgação de importantes balanços corporativos, bem como as notícias relacionadas à reforma da Previdência. Entre os indicadores econômicos que serão divulgados, destaque para o PIB do 4º trimestre de 2018, que deve reforçar o quadro de perda de folego da economia brasileira no período. Segundo o consenso do mercado, o PIB deve ter crescido apenas 0,1% em bases trimestrais e 1,4% diante de igual trimestre de 2017.

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