A scenario of risk aversion prevails in the financial markets today.

A scenario of risk aversion prevails in the financial markets today.

Edição 1345

26/08/2015

Prevalece um ambiente de aversão ao risco, no dia de hoje. Os investidores não parecem confiar na capacidade dos formuladores de política econômica na China de evitar o "pouso forçado" da segunda maior economia do mundo.

Ao corte dos juros e redução do compulsório bancário, o Banco Central da China acrescentou a injeção de 140 bilhões de yuans (US$ 21,8 bilhões) no sistema bancário por meio de operações de liquidez de curto prazo. Objetiva, com essas medidas, garantir liquidez suficiente para o sistema bancário e estimular a recuperação econômica, com ampliação do crédito.

Apesar das medidas, o mercado de ações chinês voltou a fechar em queda. O índice Xangai Composto apurou perda de 1,27%, na sessão de hoje. Bolsa de Hong Kong recuou 1,52%. Já no Japão, investidores resolveram dar um voto de confiança às autoridades chinesas, acreditando que as medidas adotadas podem impedir que a economia resvale para a recessão. O índice Nikkei fechou o dia com alta de 3,20%. O dólar acusou ligeira apreciação frente à moeda japonesa, passando de 119,22 ienes de ontem à tarde para 119,40 ienes, no momento.

Na Europa, a queda das ações ligadas a commodities, principalmente energéticas, derruba os mercados da região. O índice STOXX600 cai 1,80%, nesta manhã. As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt perdem 1,54%, 1,65% e 1,45%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,1461, pouco abaixo de US$ 1,1479 do final do pregão de ontem.

Nos Estados Unidos, o índice de ações S&P 500 é negociado, nesta manhã, no mercado futuro com valorização de 1,19%, sinalizando recuperação para as bolsas norte-americanas, após as quedas dos últimos dias. O dólar recua frente às principais moedas, mas sustenta valorização em relação às moedas emergentes. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece flutuando em torno de 2,1% ao ano. Na agenda de indicadores econômicos, o destaque será para a divulgação das encomendas de bens duráveis de julho, que devem ter recuado 0,4% em relação ao mês anterior. Excluindo material de transporte, os pedidos de duráveis devem ter subido 0,3%, na base mensal.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 39,37/barril, com ligeira alta (+0,18%), no momento. Demais commodities também operam em alta, com o índice total mostrando valorização de 0,93%, com destaque para metais básicos (+2,02%) e commodities energéticas (+1,22%).

No ambiente doméstico, as incertezas políticas devem reforçar clima de aversão ao risco que sopra do exterior, impedindo qualquer alívio para o mercado de ações. No mercado de câmbio, o dólar deve continuar oscilando próximo de R$ 3,60, fazendo crescer a expectativa em torno da decisão do BC sobre a rolagem dos swaps em setembro, que deverá ser anunciada no dia 31 próximo. Incerteza política e quadro fiscal ruim, ao lado de taxa de cambio em alta, contribuem para manter a curva de juros futuros pressionada.

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