After yesterday’s strong asset sale, prompted by the Trump government’s threat to impose 10% tariffs on US$200 billion worth of Chinese imports*

After yesterday’s strong asset sale, prompted by the Trump government’s threat to impose 10% tariffs on US$200 billion worth of Chinese imports*

Edição 2052

12/07/2018

Após o forte movimento de vendas de ativos observado ontem, motivado pela ameaça do governo Trump de impor tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões de importações da China, mercados respiram mais aliviados nesta quinta-feira, com sinais de que ambos os lados podem retomar as negociações para se chegar a um acordo, atenuando a guerra comercial.

As expectativas de arrefecimento na disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo impulsionaram a maioria das bolsas asiáticas, recuperando-se das perdas de ontem. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific subiu 0,2%, com a alta liderada pelas bolsas chinesas. O índice Xangai Composto teve alta de 2,16% no dia de hoje, ajudado, entre outros fatores, pela retirada da proibição dos EUA a fazer negócios com a companhia ZTE. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,60%, sendo que o papel da ZTE teve ganho de 25%, seu maior avanço diário em uma década. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei valorizou 1,17%, beneficiado pelo fortalecimento do dólar diante do iene, estimulando as ações do setor exportador. Em Seul, o índice Kospi avançou 0,19%; o Taiex subiu 0,58% em Taiwan.

Na Europa, as bolsas locais acompanham o movimento de valorização das ações asiáticas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,39%, nesta manhã. Principais praças da região também operam no azul: Londres +0,61%; Paris +0,31%; Frankfurt +0,27%. O euro troca de mãos a US$ 1,1679, ligeiramente acima de US$ 1,1673 de ontem à tarde.

Os índices futuros da bolsa de Nova York acompanham a valorização mostrada pelas bolsas asiáticas e europeias. Nesta manhã, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,64%; do S&P 500 avança 0,49%; Nasdaq tem alta de 0,47%. O índice DXY mostra discreta alta (+0,05%), no momento, mas o dólar mostra recuo acentuado diante das principais moedas emergentes. Na agenda econômica, destaque para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), que deve mostrar alta anual de 2,9% para o índice cheio e de 2,3% para o núcleo (Core CPI).

Num dia de maior apetite ao risco, as commodities recuperam parte do terreno perdido nos últimos dias, com destaque para os contratos futuros de petróleo que recuperam parte da forte queda de ontem. O contrato futuro do produto tipo WTI, para entrega em agosto, tem valorização de 0,72%, com o barril sendo cotado a US$ 70,79.

No front interno, a aprovação pelo Congresso Nacional na sessão de ontem, de projetos que têm custo estimado em torno de R$ 100 bilhões nos próximos anos pode agravar a percepção de risco Brasil, impactando negativamente a Bovespa, taxa de câmbio e juros futuros, levando os mercados brasileiros a andar na contramão do bom humor que prevalece no exterior. Na agenda econômica, o IBGE divulga as vendas do comércio nacional de maio, que pelo conceito restrito, devem ter recuado 0,8% na comparação com o mês anterior e subido 2,6% em relação às vendas de igual mês do ano passado.

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