Brazil industrial output was stagnant in December (0.0% M/M), which had been expected to shrink according to the market’s median estimate (0.4% M/M).*

Brazil industrial output was stagnant in December (0.0% M/M), which had been expected to shrink according to the market’s median estimate (0.4% M/M).*

Produção Industrial – dezembro

01/02/13

A produção industrial brasileira em dezembro teve variação nula (0,0% M/M), sendo que era esperada queda, tanto pela mediana do mercado (0,4% M/M) quanto pelas projeções da SulAmérica Investimentos (-0,5% M/M). Houve novamente uma grande revisão nos dados anteriores, dessa vez com a variação de novembro passando de -0,6% M/M para -1,3% M/M.

O comportamento melhor que o esperado na produção industrial de dezembro decorreu basicamente de expansão na produção de bens de consumo não duráveis (0,9% M/M), pelo ponto de vista das categorias de uso. Ainda em relação às categorias de uso, houve mais um mês de contração na produção de bens de consumo duráveis (-0,5% M/M), sendo que essa queda ocorreu basicamente no setor de transportes (-8,6% M/M) e na produção de automóveis (-1,0% M/M). A produção de bens de capital teve o 5º mês consecutivo de contração, dessa vez de -0,8% M/M (contra -0,6% M/M no mês anterior). O desempenho muito ruim da produção de bens de capital mostra que os empresários ainda não estão otimistas em relação ao crescimento futuro da atividade e que não desejam aumentar sua capacidade produtiva, o que é ruim para o crescimento da oferta agregada no médio prazo.

O desempenho do setor de bens de capital tem sido um dos mais preocupantes na indústria como um todo. Parte da queda da produção desse setor em 2012 foi devido à produção de caminhões, que recuou bastante no começo do ano devido à mudanças na legislação e um excesso de estoque. A produção de caminhões desde então tem se recuperado, mesmo que lentamente, com os incentivos fornecidos pelo governo (isenção de impostos, juros baixos, etc). A produção de outros bens de capital, no entanto, tem seguido em queda desde a metade de 2010. Em dezembro houve novamente queda na produção desses bens (-3,8% M/M), o que não é bom para o cenário do investimento como um todo. Sem a recuperação no investimento, qualquer recuperação que haja no crescimento da economia será não apenas pequena (uma vez que o investimento é responsável por 18% do PIB, aproximadamente), como causará pressões inflacionárias no futuro, uma vez que a capacidade instalada não estará crescendo para atender a demanda. Nenhuma medida tomada pelo governo até agora (redução de Selic, redução do superávit primário, isenção de impostos, aumento do crédito das instituições oficiais) teve sucesso em reanimar o crescimento do investimento.

O COPOM, na ata da sua reunião mais recente, mencionou essa questão, diagnosticando o baixo crescimento da atividade nos últimos meses como uma questão de oferta, que não pode ser combatida pela política monetária. O dado de dezembro da produção industrial mostra que essa questão de oferta em queda ainda está ocorrendo na economia brasileira, mesmo com um crescimento melhor que o esperado. A produção de bens de capital segue em queda e a de bens duráveis também. Provavelmente a produção industrial no ano de 2013 não terá um desempenho tão ruim quanto de 2012. Em 2012 houve queda de 2,7% na produção física. Em 2013, provavelmente haverá algum crescimento. A projeção da SulAmérica Investimentos é de que a expansão seja de 1,7%.

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