Brazil´s IPCA-15 inflation index rose 0.16% M/M in August, in line with the market estimates complied by Bloomberg (0.15% M/M) and above SulAmérica Investimentos´ estimates (0.10% M/M). *

Brazil´s IPCA-15 inflation index rose 0.16% M/M in August, in line with the market estimates complied by Bloomberg (0.15% M/M) and above SulAmérica Investimentos´ estimates (0.10% M/M). *

IPCA-15 – Agosto

21/08/13

O IPCA-15 de agosto mostrou variação de 0,16% M/M, em linha com as expectativas de mercado coletadas pela Bloomberg (0,15% M/M) e acima da projeção da SulAmérica Investimentos (0,10% M/M). A taxa de variação em 12 meses do IPCA-15 seguiu diminuindo, dessa vez caindo de 6,40% em julho para 6,15% em agosto

No IPCA-15, que mede os preços até o dia 13 de agosto, ainda houve variação negativa no ônibus urbano (-1,69% M/M contra -1,02% M/M em julho). A inflação de alimentos non-tradeables também permaneceu negativa em agosto (-4,49% M/M), como havia ocorrido em julho (-4,31% M/M). Essa inflação deve deixar de ser negativa (ou pelo menos ter variação mais próxima de zero) em setembro, seguindo a sazonalidade usual desses preços.

Ou seja, a inflação do IPCA-15 de agosto conseguiu ser mais alta que a do IPCA-15 de julho (0,07% M/M) mesmo sem mudanças grandes nos grupos que foram responsáveis por boa parte da queda da inflação entre junho e julho. O aumento de inflação entre julho e agosto ocorreu em diversos grupos, cabendo destacar Combustíveis (gasolina e etanol, que pararam de cair), Saúde, Artigos de residência e Educação. Os aumentos nos outros grupos foram, de forma geral, bem disseminados, porém cabe destacar o aumento de eletrodomésticos dentro de Artigos de residência e de alimentos e bebidas tradeables dentro de alimentos. Esses aumentos estão relacionados à desvalorização cambial que ocorreu no começo desse ano. A depreciação mais recente (desde maio) ainda não parece ter afetado os preços de forma significativa, mas deve fazê-lo em breve, em especial nos alimentos tradeables a partir de setembro. Nos bens industriais de forma geral (e eletrodomésticos são um subgrupo deles) o efeito é mais demorado, mas deve permanecer até o ano que vem.

A inflação de serviços permanece elevada, com a medição que exclui alimentação fora do domicílio e aviação permanecendo com variação de 0,65% M/M e em torno de 8,0% A/A (8,12% A/A em agosto, para ser mais exato). A inflação de serviços pode começar a diminuir com o aumento da taxa de desemprego, porém esse deve ser um movimento lento, que pode não compensar as pressões de aumentos dos outros preços.

Os preços de bens e serviços administrados seguem sendo usados como âncora para segurar a inflação geral. A variação mensal desses preços foi de -0,04% M/M em agosto, enquanto a variação em 12 meses diminuiu de 1,50% para 1,26%. Quedas de tarifas de energia elétrica, revogação de aumento de tarifas de transporte urbano, aumento pequeno de gasolina e diesel foram usados para tornar a variação de preços administrados tão baixa quanto está agora (a variação em 12 meses mais baixa na série histórica). É bem improvável que essa situação consiga persistir por muito tempo, porém a variação futura desses preços deve ser contida em relação ao passado, devido aos efeitos políticos de aumentos nessas tarifas.

A inflação, portanto, conseguiu subir em agosto em relação a julho mesmo sem que tivessem ocorrido grandes reversões nos grupos responsáveis pela inflação baixa no mês anterior (ônibus urbano e alimentos non-tradeables). A inflação deve seguir aumentando ao longo do final do ano na comparação M/M, sentindo em especial os efeitos da depreciação cambial. Para o mês de agosto é esperado que a inflação medida pelo IPCA fique em 0,30% M/M.

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