Brazil´s unemployment rate, according to IBGE, came to 5.6% in July, below the market expectation median and SulAmérica Investimentos projection (both at 5.7%).*

Brazil´s unemployment rate, according to IBGE, came to 5.6% in July, below the market expectation median and SulAmérica Investimentos projection (both at 5.7%).*

Desemprego – Julho

22/08/13

A taxa de desemprego brasileira, de acordo com o IBGE, ficou em 5,6% em julho, abaixo da mediana das expectativas de mercado e da projeção da SulAmérica Investimentos (ambas em 5,7%). A taxa de desemprego, dessa forma, segue acima da vista no mesmo mês do ano anterior. A comparação em relação ao mesmo mês do ano anterior mostra que a época de recordes de baixa de taxa de desemprego deve ter ficado para trás, à medida que a taxa de desemprego começa a subir, respondendo ao cenário de desaceleração do crescimento econômico.

A taxa de desemprego dessazonalizada, calculada pela SulAmérica Investimentos, ficou em 5,6% em julho. Houve uma queda em relação ao número do mês anterior, porém a tendência de alta na taxa de desemprego parece continuar.

A taxa de desemprego tem subido nos últimos meses devido a um crescimento mais fraco do pessoal ocupado. A variação do pessoal ocupado foi negativa no começo do ano (quando se leva em conta o dado dessazonalizado pela SulAmérica Investimentos). Ela começou a subir nos últimos meses, tendo até um aumento razoável em julho, porém essa taxa de crescimento foi inferior ao crescimento da PEA (pessoal economicamente ativo, a oferta de trabalho). A razão entre pessoal ocupado e PIA (a oferta máxima de trabalho, dada pela população em idade ativa) tem ficado estável em torno de 54,0% nos últimos meses, um patamar baixo em relação ao histórico recente. Já a razão entre pessoal economicamente ativo e PIA tem subido nos últimos meses.

O rendimento médio dos trabalhadores, que estava subindo pouco em termos nominais nos últimos meses, teve variação negativa em julho, na comparação mensal. A renda real, que já estava em queda devido à inflação, teve uma contração mais forte em julho, devido à queda nominal da renda.

A queda em termos reais da renda recebida pelos trabalhadores, em conjunto com o menor aumento do pessoal ocupado, tem feito a massa salarial real ter crescimento bem menor neste ano, na comparação A/A. A massa salarial real atingiu seu pico em novembro de 2012 e desde então tem alternado meses de queda com meses de fraquíssimo crescimento. Em termos dessazonalizados houve queda nos dois primeiros trimestres desse ano na massa salarial real e o mês de julho mostrou uma nova queda.

A taxa de crescimento da massa salarial real em 2013 deve ser a menor dos últimos anos, devendo ficar abaixo de 3% (contra 6,2% em 2012). A desaceleração econômica e a menor confiança dos empresários devem fazer a criação de empregos desacelerar ainda mais, resultando em aumento da taxa de desemprego ao longo do segundo semestre. Essa perspectiva permanece mesmo com a queda na taxa de desemprego em julho, que parece ser pontual. A renda real pode ainda ter pequenos avanços ao longo do segundo semestre, devido a menores surpresas inflacionárias, porém a maior ociosidade no mercado de trabalho deve evitar que os trabalhadores tenham ganhos de renda tão altos quanto no passado.

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