China’s economic indicators released this weekend revealed an economy that advances slowly amid growing inflationary pressure.*

Edição 742

11/03/2013

Os indicadores econômicos divulgados na China, neste final de semana, mostraram uma economia que avança vagarosamente em meio a crescentes pressões inflacionárias, colocando em xeque a consistência do crescimento chinês. Mercados repercutem esses dados, predominando um ambiente de fraco apetite ao risco.

Por outro lado, os sinais emitidos pela economia americana, quanto à consolidação de um quadro de crescimento moderado em meio a elevada liquidez promovida pelo Fed, levou o dólar a registrar fortes valorizações frente às principais moedas. O dólar index atingiu níveis inéditos, enquanto a treasury de 10 anos remunera a 2,044% ao ano.

Na Europa, repercute também a redução da nota de rating da dívida italiana, promovida pela agência de risco Fitch na sexta-feira passada. O índice STOXX600 recua 0,40% no momento, enquanto em Londres o índice FTSE100 flutua em torno da estabilidade. O CAC40 de Paris cai 0,51% e o DAX30 perde 0,39%, nesta manhã. O euro é negociado a US$ 1,3003/€, mantendo-se estável em relação à cotação de sexta-feira.

Nos Estados Unidos, a agenda econômica é fraca, com o foco centrado nas negociações políticas envolvendo o sequestro fiscal. Os futuros das bolsas S&P e D&J operam em queda, registrando -0,16% e -0,13%, respectivamente, no momento.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,8%. Boa parte desta performance deveu-se a bolsa japonesa, beneficiada por novas quedas do iene frente às principais moedas. O índice Nikkei valorizou 0,53% no pregão de hoje. O iene, nesta manhã, era cotado a 96,10 ienes por dólar e 124,95 ienes por euro. Na China, os fracos resultados divulgados sobre a atividade chinesa, combinando baixo ritmo de atividade e inflação em alta, derrubaram a bolsa de Xangai, que fechou o dia com queda de 0,34%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 0,33% nesta manhã, sendo negociado a US$ 91,67/barril, ao mesmo tempo em que as commodities em geral operam em baixa, com destaque para as metálicas que perdem 1,15%, no momento.

O Ibovespa também deverá repercutir os fracos resultados divulgados pela China, devendo acompanhar a tendência de baixa delineada pelos demais mercados. No mercado de câmbio, em que pese a forte valorização do dólar nos mercados internacionais, o frágil ambiente inflacionário doméstico não deve permitir depreciações adicionais da moeda doméstica. No mercado de juros, a desoneração da cesta básica anunciada pela presidenta Dilma Roussef na sexta feira deve enfraquecer as apostas numa alta da Selic em abril. Muita volatilidade e confusão deve permear o mercado de DI neste início de semana.

Superintendência de Economia
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