Fears of a decline in the global economy are fueling certain risk aversion, reflected mainly on the decline in the U.S. bond interest.

Fears of a decline in the global economy are fueling certain risk aversion, reflected mainly on the decline in the U.S. bond interest.

Edição 1140

21/10/2014

Em meio a temores sobre o enfraquecimento da economia mundial, alimentando certa aversão ao risco, espelhada, principalmente, no recuo dos juros dos títulos americanos, mercados buscam recuperar parte das perdas recentes, motivados pelos resultados econômicos favoráveis divulgados na China e por balanços corporativos positivos na Europa.

O PIB da China cresceu 7,3% no 3T14, melhor que o mercado esperava (7,2%), mas o menor ritmo dos últimos cinco anos. A produção industrial avançou 8,0% em setembro vis-à-vis igual mês de 2013, batendo as projeções do mercado (7,5%), mas os investimentos em ativos fixos continuaram perdendo força.

Os dados chineses não entusiasmaram os investidores asiáticos. O índice MSCI Asia Pacific recuou 0,5% na sessão de hoje. Na China, os agentes acreditam que diante da performance da economia chinesa no 3º trimestre, o governo não deverá adotar medidas adicionais para estimular a economia. A bolsa de Xangai fechou o dia em queda de 0,72%, enquanto Hong Kong apurou alta discreta. No Japão, o índice Nikkei recuou 2,03%, devido à apreciação da moeda japonesa frente às principais moedas, notadamente ao dólar. A moeda americana é cotada a 106,56 ienes, contra 106,92 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, bons resultados corporativos levaram as bolsas a operarem em forte alta após uma abertura negativa. O índex STOXX600 apresenta ganho de 0,68% no momento. Em Londres, o índice FTSE100 registra ganho de 0,56%, enquanto o CAC40 de Paris sobe 0,82% e o DAX de Frankfurt se valoriza 0,80%. O euro troca de mãos a US$ 1,2789, contra US$ 1,2802 de ontem à tarde.

Nos Estados Unidos, o juro pago pela Treasury de 10 anos recuou para 2,17%, refletindo a busca por porto seguro pelos agentes econômicos, diante de sinais de enfraquecimento da economia global, o que postergaria o início do ciclo de aperto monetário pelo Fed. O índice Bloomberg de Dólar Spot – uma medida do valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas formada por divisas de economias avançadas e emergentes – mostra recuo de 0,10%, nesta manhã. Os futuros dos índices S&P e D&J operam com ligeira queda, no momento.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 83,42/barril, com valorização de 0,86%. Demais commodities operam em alta moderada, com destaque para metais preciosos +0,62%. Agrícolas e metálicas flutuam em torno da estabilidade, no momento.

Os bons números econômicos divulgados na China não terão força para evitar uma reação negativa do mercado de ações doméstico. Os agentes terão que digerir o resultado do último Datafolha, que embora mostre empate técnico, coloca a presidente Dilma à frente do candidato Aécio. No mercado de câmbio, o enfraquecimento do dólar em termos globais deve favorecer a apreciação do real, que também deve refletir a oferta de 4 mil contratos (US$ 200 milhões) de swap cambial pelo BC nesta manhã. No mercado de juros, a agenda contempla a divulgação do IPCA-15 de outubro, que deverá ficar em 0,52%, segundo o consenso, recuando ante a inflação de 0,57% apurada pelo IPCA fechado de setembro.

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