Financial markets are trading down, fearing global recession and making risk aversion climb.*

Edição 2264

29/05/2019

Mercados financeiros abrem na quinta-feira em queda generalizada, com medo de recessão global fazendo a aversão ao risco subir.

As bolsas asiáticas fecharam em sua maioria em queda. O índice MSCI Asia Pacific recuou -0,7%, com quedas de -1,2% no índice Nikkei225 do Japão e -0,2% na bolsa de Xangai. O iene está se valorizando 0,05% contra o dólar devido à sua qualidade de refúgio seguro, cotado a 109,32. O yuan ficou praticamente estável contra o dólar após intervenção do Banco do Povo da China, cotado a 6,9094.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600 opera em queda de -1,32% nesta manhã, havendo recuos também de -1,29% no FTSE100 de Londres, -1,67% no CAC40 de Paris e -1,29% no DAX de Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1154, depreciando-se 0,05% em relação ao valor de ontem.

No mercado americano, o índice futuro da bolsa S&P500 cai -0,59%, após a notícia ontem de que a China está estudando limitar as exportações de terras raras para o país. O juro pago pela título do governo de 10 anos está em 2,2273% a.a., uma leve alta em relação ao valor de ontem, mas um patamar muito baixo em termos históricos recentes. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes, avança 0,06%.

As commodities operam sem direção única, com o índice da Bloomberg subindo 0,16%. Há alta nos preços agrícolas, devido a condições de oferta nos EUA, enquanto o preço do petróleo cai. O barril tipo WTI recua -2,79%, cotado a US$ 57,49.

No Brasil, ontem os preços de ativos brasileiros subiram bastante com a percepção de que haveria mais harmonia entre os poderes na agenda das reformas. A votação do Senado, amplamente favorável (70-4) à posição do governo sobre questões como Coaf no Ministério da Justiça, pode ajudar a manter essa percepção. Entretanto, há notícias de que o presidente do BC, Campos Neto, não partilha da percepção disseminada do mercado de que é necessário corte de juros, o que pode fazer os juros futuros subirem ligeiramente hoje. A bolsa brasileira também deve cair, acompanhando o mercado internacional, mas menos do que no exterior, devido ao cenário político aparentemente melhor. O real, por sua vez, também deve depreciar, mas menos do que outras moedas de países emergentes. Hoje será divulgado o dado de resultado fiscal do governo central, sendo esperado superávit de R$ 9,1 bi.