Financial markets trade with small variation this morning. However, the dollar is appreciating due to FOMC minutes disclosed yesterday*

Edição 2082

23/08/2018

Mercados financeiros abrem o dia com variações pequenas, mas com o dólar se apreciando devido à ata do FOMC divulgada ontem, que confirmou a previsão da maioria dos analistas de que haverá alta de juros na próxima reunião, em setembro.

Na Ásia as bolsas operaram em sua maioria em alta, porém o índice MSCI Ásia Pacífico recuou -0,3%, influenciado pela queda de -0,49% na bolsa de Hong Kong. O índice Nikkei225 do Japão subiu 0,22% e a bolsa de Xangai subiu 0,37%. O iene está se depreciando contra o dólar, -0,19%, cotado a 110,77. A prévia do índice PMI do Japão subiu ligeiramente, de 52,3 para 52,5. As negociações entre China e EUA sobre comércio exterior continuam, mas sem novas notícias por enquanto.

Na Europa as ações têm variações baixas. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,08%, em grande parte devido ao CAC40 de Paris, que avança 0,11%. As outras bolsas têm variações mais próximas de zero ou negativas: DAX de Frankfurt -0,11% e FTSE100 de Londres +0,02%. O euro está perdendo valor contra o dólar, -0,16%, cotado a 1,1578. A prévia do PMI de manufatura da Zona do Euro veio abaixo do esperado, 54,6 contra 55,2.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa moderada nesta manhã. No momento, o futuro do S&P 500 recua -0,02%. O yield que remunera a Treasury de 10 anos sobe ligeiramente, para 2,823%, com a diferença entre o yield de 2 anos e de 10 anos diminuindo ligeiramente devido a uma alta mais forte nos vencimentos mais curtos depois da ata do FOMC. O dólar ganha valor contra outras moedas, em especial de países emergentes, com o índice DXY subindo 0,11%. O rand sul-africano recua -0,63% contra o dólar depois de um tweet do presidente dos EUA, Donald Trump, criticando a política de reforma agrária do país e perguntando ao secretário de Estado o que poderia ser feito sobre isso. Hoje sairão as prévias do PMI dos EUA, sendo a expectativa de redução na margem tanto na manufatura quanto nos serviços, mas ainda em terreno expansionista (acima de 50) e em torno de 55,0.

Os preços das commodities recuam, com o índice da Bloomberg caindo -0,33%. A queda ocorre em especial nos preços agrícolas. O preço do barril de petróleo tipo WTI está subindo 0,21%, cotado a US$ 68/barril.

No Brasil, o IPC-S da 3ª semana ficou em 0,10%, abaixo da mediana de expectativas, de 0,17%. Os ativos brasileiros devem seguir sofrendo hoje devido a fatores internos e externos. O ambiente global está um pouco mais avesso ao risco hoje em comparação com os dias anteriores. Ao mesmo tempo não há notícias que ajudem o mercado no ambiente interno, em especial no campo político. Assim, o real pode ter mais um dia de desvalorização, com consequente alta dos juros futuros. O IPCA-15 que sairá hoje pode mudar um pouco o mercado de juros, sendo que a mediana de expectativas é de 0,10% M/M. A bolsa brasileira tem destoado um pouco desses movimentos, mas ainda assim espera-se hoje uma queda, mesmo que pequena, acompanhando os outros mercados.