Global capital markets this morning show a clear risk aversion seen in the drops of European stock exchanges and US futures indexes

Global capital markets this morning show a clear risk aversion seen in the drops of European stock exchanges and US futures indexes

Edição 1088

08/08/2014

O mercado de capital global amanhece com clara aversão ao risco estampada nos recuos das bolsas europeias e nos futuros americanos e na valorização da renda fixa considerada safe haven, com destaque para a as dívidas do tesouro americano e alemão. O presidente dos EUA, Barack Obama, autorizou ataques aéreos aos rebeldes no Iraque, o que desencadeou uma onda de compra de ativos de maior segurança. A ação de Obama se somou as preocupações geopolíticas persistentes na Ucrânia e Faixa de Gaza.

O juro pago pela Treasury americana de 10 anos recuou para 2,368% ao ano, após o anúncio do presidente norte-americano. O dólar, por sua vez, devolve parte dos ganhos recentes (dólar index: -0,16%, no momento). Os índices futuros das bolsas S&P e D&J operam com quedas de 0,21% e 0,18%, respectivamente. A agenda econômica de hoje não contempla nenhum indicador que possa atenuar a forte aversão ao risco que prevalece nos mercados.

Na Alemanha, a remuneração do título governamental de 2 anos permaneceu no campo negativo pelo segundo dia consecutivo, refletindo a busca por porto seguro. O euro troca de mãos a US$ 1,3390, refletindo não apenas as preocupações geopolíticas que afetam a economia europeia, como também as declarações de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, de que um euro desvalorizado seria essencial para a retomada do crescimento econômico da região. No mercado de ações, o índice STOXX600 perde 0,83% nesta manhã, enquanto Londres recua 0,54%, Paris cai 0,24% e Frankfurt desvaloriza 0,76%.

Na Ásia, mercados de ações fecharam com forte queda. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão de hoje com queda de 1,4%, fechando a semana com queda acumulada de 2,5%. No Japão, o índice Nikkei apurou baixa de 2,98%, a maior queda percentual desde março último. O investidor procurou se refugiar em ativos denominados em moeda japonesa, levando a recuperação do iene frente às principais moedas. O dólar é cotado a 101,78 ienes contra 102,10 ienes de ontem à tarde. Na China, a balança comercial registrou superávit recorde em julho, com forte avanço das exportações (14,5% A/A) – puxadas pelas economias emergentes e EUA – enquanto as importações recuaram 1,6% A/A. A bolsa de Xangai fechou com ganho de 0,31%, recuperando-se frente a forte queda de ontem. Hong Kong perdeu 0,23%.

A ameaça de ataques aéreos contra os rebeldes no Iraque, efetuada pelos EUA, favoreceu a cotação do petróleo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 98,03/barril com alta de 0,71%, no momento. Entre as principais commodities, metais e agrícolas recuam 0,50% e 0,20%, respectivamente, enquanto metais preciosos sobem 0,52%.

No mercado doméstico, a Bovespa deverá refletir o ambiente de maior aversão ao risco que prevalece nos mercados internacionais. A pesquisa eleitoral divulgada pelo Ibope ontem à noite foi neutra, não devendo provocar maiores reações no mercado. No mercado de renda fixa, atenção para a divulgação do IPCA de julho, que deverá mostrar inflação de 0,10% no mês segundo o consenso (0,40% em junho). Os DIs futuros devem responder ao IPCA, principalmente nos vencimentos mais curtos, enquanto os longos refletirão os movimentos das treasuries e do dólar.

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