Global markets begin the week in a bad mood. Aversion to risk prevails in business*

Edição 2103

24/09/2018

Mercados globais iniciam a semana demonstrando forte mau humor. A aversão ao risco predomina nos negócios motivada pela notícia de que os dirigentes chineses cancelaram o encontro que teriam com representantes do governo americano para tratar das relações comerciais entre os dois países.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam em baixa após cinco sessões de altas consecutivas, em dia de baixa liquidez por conta dos feriados na China, Japão, Taiwan e Coreia do Sul, que mantiveram os mercados fechados. O índice MSCI Asia Pacific apurou perda de 1,1% no pregão desta segunda-feira. O índice Hang Seng caiu 1,62% em Hong Kong, marcando o pior resultado da região. Hoje entra em vigor a tarifa dos EUA contra US$ 200 bilhões em produtos da China e também a retaliação de Pequim contra US$ 60 bilhões em produtos americanos. Contra esse pano de fundo, cresce o sentimento de que o conflito comercial deverá afetar negativamente a economia real nos próximos meses.

Na Europa, a preocupação com a guerra comercial entre os EUA e China empurram os mercados de ações para o vermelho. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra queda de 0,34%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua 0,25%; em Paris, o CAC40 perde 0,27%; em Frankfurt, o DAX tem baixa de 0,42%. O euro é negociado a US$ 1,1772 se apreciando 0,18% diante da moeda americana.

O dólar mostra ligeira tendência de queda diante da cesta de moedas fortes, representada pelo índice DXY, que cai 0,18%, no momento. Boa parte das moedas emergentes também se valoriza frente à divisa americana. Os mercados de ações das economias emergentes operam em baixa, tomando como parâmetro o índice MSCI Emerging Market que cai 0,7%, nesta segunda-feira. No mercado americano, os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura em baixa: o índice futuro do S&P 500 tem queda de 0,18%; Dow Jones perde 0,13%; Nasdaq cai 0,34%. O juro da Treasury de 10 anos encontra-se em 3,083%, com alta de 0,67%.

O petróleo opera em alta, nesta manhã. Em reunião neste final de semana, a Opep reafirmou a disposição de buscar um equilíbrio no mercado e ignorou os pedidos do presidente Donald Trump de elevar a oferta da commodity. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em novembro é negociado a US$ 72,07/barril, com alta de 1,82%.

O mau humor que toma conta dos principais mercados internacionais pode contaminar os negócios no Brasil, que diante de uma agenda econômica esvaziada, continuará refém das pesquisas eleitorais que vem mostrando um quadro de crescente polarização entre as candidaturas de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Nesta segunda-feira, à noite, o Ibope divulga nova pesquisa de âmbito nacional.